segunda-feira, 24 de setembro de 2012

LIVRO DA SEMANA


Gabriela, cravo e canela: crónica de uma cidade do interior 


     Gabriela, a mulata com a cor da canela e o cheiro do cravo, ficará na literatura como uma formosa figura de mulher, simples e espontânea, acima do Bem e do Mal. 
     Para além da história de amor do árabe Nacib e da sertaneja Gabriela esta obra é também a crónica de uma pequena cidade baiana, Ilhéus, quando passava por bruscas transformações, por volta do ano de 1925. A riqueza trazida pelo cacau possibilitara o desenvolvimento urbanístico e o progresso económico, transformando profundamente a fisionomia da cidade. Pouco evoluíam, no entanto, os costumes dos habitantes, imperando, naquele cenário de violência, a lei dos mais fortes, os fazendeiros, que tendo a seu trabalho os jagunços, impunham o domínio do ódio e do terror. 
     Sensual e inocente, sábia e pueril, a cozinheira Gabriela conquista não apenas o coração de Nacib e de uma porção de ilheenses, mas também o de leitores de vários países e gerações.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

LIVRO DA SEMANA

Como livro da semana, sugerimos: 



É preciso amar devagar
de 
Alexandre Honrado


Que coisa estranha, que coisa tão banal, mas nunca comum, essa do amor. Em certos momentos, só queremos ser amados - e nem paramos para amar. E julgamos que isso é o amor, que ainda não descobrimos. Será que é mesmo preciso amar devagar? 

Neste livro, vamos de surpresa em surpresa pelos caminhos do amor. Um amor que deve ser descoberto em cada passo com qualidade e euforia. E tão diferente é, caso a caso, esse amor e esse amar. Um livro para pensar. E para amar?

SUGESTÕES DE LEITURA

As nossas propostas de leitura para este mês são:


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

AUTOR DO MÊS


PAUL AUSTER


Eu creio que  escrever é o que nos mantém jovens.
Qualquer arte mantém as pessoas como novas, porque nunca se reformam.



Paul Benjamin Auster nasceu em Newark, New Jersey, Estados Unidos, a 3 de fevereiro de 1947.
É um escritor norte-americano, autor de vários best-sellers como Timbuktu, O livro das ilusões, A noite do oráculo e A música do acaso.

Licenciou-se em 1970, na Universidade de Columbia e viveu durante quatro anos em França. A sua proximidade à literatura francesa haveria de marcá-lo para sempre. Foi confesso admirador de André Breton , Paul Éluard, Stéphane Mallarmé, Sartre e Blanchot.

Em1998, realizou o seu primeiro filme, "Lulu on the Bridge". Nos seus livros é evidente a influência cinematográfica norte-americana e as suas histórias desenrolam-se numa sucessão que faz lembrar um thriller, usando igualmente o método da "caixa chinesa", sucessão de histórias no interior umas das outras.


Algumas das suas obras:

Squeeze Play(1982)
A trilogia de Nova York (1987): Cidade de Vidro ; Fantasmas; O Quarto Fechado à Chave 
No país das últimas coisas(1987)

Palácio da lua (1989)
A música do acaso (1990)
 Leviathan (1992)
História de Natal de Auggie Wren (1992)
Mr. Vertigo (1994)
Timbuktu (1999)
O livro das ilusões (2002)
A história da minha máquina de escrever (2002)

A noite do oráculo (2004)
As loucuras de Brooklyn (2005)
Viagens no Scriptorum (2007)
Homem na escuridão (2008)
Invisível (2009)
Sunset Park (2010)
Invenção da solidão (1982)
O caderno vermelho (1995)
Experiências com a verdade (1995)
Da mão para a boca (1997)
Diário de inverno (2012) 



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Bom Ano Letivo


      



       Mais um ano letivo se inicia e com ele surgem novas etapas que serão, certamente, ultrapassadas com sucesso. Podemos chegar sempre mais longe do que aquilo que pensamos. Se tentarmos, podemos conquistar o que tanto pretendemos. Não te esqueças, a leitura engrandece a alma, por isso cultiva-a.

      A Biblioteca Escolar deseja-te um ano cheio de sucesso!


"(...) Estar contente consigo é estudar.

Aprender a terra, aprender o trigo e ter um amigo também é estudar.
Estudar também é repartir, também é saber dar o que a gente souber dividir para multiplicar.
Estudar é escrever um ditado sem ninguém nos ditar;
e se um erro nos for apontado é sabê-lo emendar.
É preciso, em vez de um tinteiro, ter uma cabeça que saiba pensar, pois, na escola da vida, primeiro está saber estudar.
Contar todas as papoilas de um trigal é a mais linda conta que se pode fazer.
Dizer apenas música, quando se ouve um pássaro, pode ser a mais bela redacção do mundo…
Estudar é muito
mas pensar é tudo!"



sexta-feira, 1 de junho de 2012

SUGESTÕES DE LEITURA

As sugestões de leitura para este mês são:


 

AUTOR DO MÊS

Pablo Neruda

        Nasceu em Parral, Chile, a 12 de julho de 1904, como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Ainda adolescente adotou o pseudónimo de Pablo Neruda (em homenagem ao escritor checo Jan Neruda e ao francês Paul Verlaine), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.
       
Em 1906, a família muda-se para a cidade de Temuco. Começa a estudar por volta dos sete anos no Liceu para Meninos da Cidade onde publica seus primeiros poemas no jornal La Manãna. No ano de 1920, começa a contribuir com a revista literária Selva Austral. Em 1921, muda-se para a cidade de Santiago e estuda pedagogia no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Em 1923 publica Crepusculário e no ano seguinte Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, já com uma fonte marca do modernismo.
 
        Em 1927, começa a sua carreira diplomática, após ser nomeado cônsul na Birmânia. Em seguida, passa a exercer a função no Sri Lança, Java, Singapura, Buenos Aires, Barcelona e Madrid. Nestas viagens, conhece diversas pessoas importantes do mundo cultural. Em Buenos Aires, conheceu Garcia Lorca, e em Barcelona Rafael Alberti.
       
        Em 1936, explode a Guerra Civil Espanhola. Comovido com a guerra e com o assassinato do amigo Garcia Lorca, compromete-se com o movimento republicano. Um ano mais tarde, em França, escreve Espanha no coração. Nesse mesmo ano volta para o Chile e começa a produzir textos com temáticas políticas e sociais.
       Dois anos mais tarde, é designado cônsul para a imigração espanhola em Paris e pouco tempo depois, cônsul Geral do México. Neste país escreve Canto Geral do Chile, que é considerado um poema épico sobre as belezas naturais e sociais do continente americano.   
 
          Em 1943, é eleito senador da República. Impressionado com o tratamento repressivo que era dado aos trabalhadores de minas, começa a fazer vários discursos, criticando o presidente González Videla. É perseguido pelo governo e exila-se na Europa.
          Em 1952, publica Os versos do capitão e dois anos depois  As uvas e o vento.  
         Recebe o prémio Stalin da Paz em 1953 e em 1965, recebe o título honoris causa da Universidade de Oxford (Inglaterra). Em outubro de 1971, recebe o Prémio Nobel da Literatura.
           Durante o governo do socialista Salvador Allende, é designado embaixador em França. Doente, volta para o Chile em 1972 onde morre a 23 de setembro do ano seguinte.
           As suas memórias Confesso que vivi foram publicadas postumamente em 1974.