domingo, 1 de junho de 2014

AUTOR DO MÊS

ALEXANDRE 0’NEILL




Lisboa, 19 de dezembro de 1924 - 21 de agosto de 1986.


Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões foi um importante poeta do Movimento Surrealista Português. Era descendente de irlandeses.

Autodidata, O’Neill foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa. É nesta corrente que publica a sua primeira obra, o volume de colagens A Ampola Miraculosa, mas o grupo rapidamente se desdobra e acaba. As influências surrealistas permanecem visíveis nas obras dele, que além dos livros de poesia incluem prosa, discos de poesia, traduções e antologias. Não conseguindo viver apenas da sua arte, o autor alargou a sua ação à publicidade. É da sua autoria o lema publicitário «Há mar e mar, há ir e voltar». Foi várias vezes preso pela polícia política, a PIDE.

Apesar de nunca ter sido um escritor profissional, viveu sempre da sua escrita ou de trabalhos relacionados com livros. Em 1946, tornou-se escriturário, na Caixa de Previdência dos Profissionais do Comércio. Permaneceu neste emprego até 1952. A partir de 1957, começou a escrever para os jornais, primeiro esporadicamente, depois, nas décadas seguintes, assinando colunas regulares no Diário de Lisboa, n’ A Capital e, nos anos 1980, no Jornal de Letras, escrevendo indiferentemente prosa e poesia, que reeditava mais tarde em livro, à maneira dos folhetinistas do século XIX.]


Da sua vasta obra destaca-se:

Poesia

Edições originais
  • 1948 – A Ampola Miraculosa, Lisboa, Cadernos Surrealistas.
  • 1951 – Tempo de Fantasmas, Cadernos de Poesia, nº11.
  • 1958 – No Reino da Dinamarca, Lisboa, Guimarães.
  • 1960 – Abandono Vigiado, Lisboa, Guimarães.
  • 1962 – Poemas com Endereço, Lisboa, Moraes.
  • 1965 – Feira Cabisbaixa, Lisboa, Ulisseia.
  • 1969 – De Ombro na Ombreira, Lisboa, Dom Quixote.
  • 1972 – Entre a Cortina e a Vidraça, Lisboa, Estúdios Cor.
  • 1979 – A Saca de Orelhas, Lisboa, Sá da Costa.
  • 1981 - As Horas Já de Números Vestidas (Em Poesias Completas (1951-1981))
  • 1983 - Dezanove Poemas (Em Poesias Completas (1951-1983))
Antologias feitas na vida
  • 1967 – No Reino da Dinamarca – Obra Poética (1951-1965), 2.ª edição, revista e aumentada, Lisboa, Guimarães.
  • 1974 – No Reino da Dinamarca – Obra Poética (1951-1969), 3.ª edição, revista e aumentada, Lisboa, Guimarães.
  • 1981 – Poesias Completas (1951-1981), Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1982.
  • 1983 – Poesias Completas (1951-1983), 2.ª edição, revista e aumentada, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1984.
  • 1986 – O Princípio de Utopia, O Princípio de Realidade seguidos de Ana Brites, Balada tão ao Gosto Popular Português & Vários Outros Poemas, Lisboa, Moraes.

Antologias póstumas
  • 2000 – Poesias Completas, com inclusão de dispersos, Lisboa, Assírio & Alvim.
  • 2005 – Anos 1970. Poemas Dispersos, Lisboa, Assírio & Alvim.

Prosa
  • 1970 - As Andorinhas não Têm Restaurante, Lisboa, Dom Quixote.
  • 1980 - Uma Coisa em Forma de Assim, 2ª edição, revista e aumentada, Lisboa, Presença.



segunda-feira, 5 de maio de 2014

EXPOSIÇÃO ITINERANTE SANTILLANA - ESM


EXPOSIÇÃO ITINERANTE 
ESCOLA SECUNDÁRIA DE MOURA - MAIO 2014

A exposição " Livros que fizeram História" - está exposta no corredor de acesso à BE. 
Trata-se de um conjunto de 14 painéis com informação sobre algumas obras que fizeram história, acompanhados por um guião de exploração pedagógica, que se encontra disponível em suporte papel na BE.


A Exposição Itinerante Santillana é da autoria de Maria José Marques e foi exibida pela primeira vez na Universidade de Verão Santillana, nos dias 9, 10 e 11 de julho de 2012.

Desde o início que foi intenção pensar nesta exposição com o potencial de se vir a constituir como recurso educativo a disponibilizar às escolas, no continente.

A autora selecionou 12 obras a respeito da qual apresentou um conjunto de informação que visa dar a conhecer aquele que terá sido o seu maior contributo, a par da explicitação de alguns factos históricos que poderão ajudar a compreender a época em que o mesmo surgiu, ou que foram influenciados pelo conteúdo do livro e/ou pensamento do seu autor.
A cada livro corresponde um painel e estes estão organizados de forma cronológica, suportados por um designgráfico que reforça essa sequencialidade temporal.
Todavia, cada painel "vive" também independente dos demais, podendo os organizadores da exposição nas escolas fazerem várias opções de montagem e exploração, em função de objetivos próprios e específicos.

O guião é um documento em aberto que poderá vir a ser melhorado com sugestões de professores que utilizem a exposição, nomeadamente, com propostas de atividades de exploração pedagógica com os seus alunos.




DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA

DIA 
DA LÍNGUA PORTUGUESA 
E DA CULTURA
5 de maio

ESCOLA SECUNDÁRIA DE MOURA

quinta-feira, 1 de maio de 2014

AUTOR DO MÊS

GABRIEL GARCÍA 
MÁRQUEZ



Nasceu em Aracataca (Colômbia) a 6 de março de 1927 e faleceu na Cidade do México (México) em 17 de abril de 2014.

Foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. 

Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.

Foi laureado com o Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto da sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão



Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. 

Viajou muito pela Europa e viveu até à morte no México.
Era pai do cineasta Rodrigo García.


Obras
  • O enterro do diabo: A revoada  (La Hojarasca) (1955)
  • Maria dos prazeres
  • Relato de um náufrago
  • A sesta de terça-feira
  • Ninguém escreve ao coronel (1961)
  • Os funerais da mamãe grande
  • Má hora: o veneno da madrugada
  • Cem anos de solidão (1967)
  • A última viagem do navio fantasma
  • Entre amigos
  • A incrível e triste história de Cândida Eréndira e sua avó desalmada
  • Um senhor muito velho com umas asas enormes
  • Olhos de cão azul
  • O outono do Patriarca
  • Como contar um conto (1947-1972)
  • Crónica de uma morte anunciada (1981)
  • Textos do caribe
  • Cheiro de goiaba
  • O verão feliz da senhora Forbes
  • O Amor nos tempos do cólera (1985)
  • A aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile
  • O general no seu labirinto
  • Doze contos peregrinos (1992)
  • Do amor e outros demónios (1994)
  • Notícia de um sequestro
  • Obra periodística 1: Textos Andinos
  • Obra periodística 3: Da Europa e América
  • Viver para contar
  • Memória de minhas putas tristes
  • Obra Jornalística 5: Crónicas, 1961-1984



Prémios e Condecorações
  • Prémio de Novela ESSO por "má hora: o veneno da madrugada" (1961)
  • Doutor Honoris Causa da Universidade de Columbia em Nova Iorque (1971)
  • Medalha da Legião Francesa em Paris (1981)
  • Condecoração Águila Azteca no México (1982)
  • Nobel de Literatura (1982)
  • Prémio quarenta anos do Círculo de jornalistas de Bogotá (1985)
  • Membro honorário do Instituto Caro y Cuervo em Bogotá (1993)
  • Doutor Honoris Causa da Universidade de Cádiz (1994)


in http://pt.wikipedia.org



quarta-feira, 23 de abril de 2014

DIA MUNDIAL DO LIVRO

DIA MUNDIAL DO LIVRO

Os livros são abelhas que levam o pólen de uma inteligência a outra.
James Lowell






Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro) é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de abril, e organizado pela UNESCO para promover  o prazer da leitura, a publicação de livros e a proteção dos direitos de autor
O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de outubro e  16 de novembro de 1995 .
A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 morreram, entre outros escritores famosos, Miguel de Cervantes e William Shakespeare.



terça-feira, 22 de abril de 2014

TESTEMUNHOS DE LEITORES

TESTEMUNHOS DE LEITORES



A leitura é algo que se cultiva ao longo da vida. Os pais, os professores, os intelectuais semeiam esta prática nos mais pequenos na tentativa de que estes lhe tomem o gosto e nunca mais parem. No entanto, há solos mais sensíveis às letras do que outros.
Penso que o principal motivo das pessoas não gostarem de ler é não encontrarem livros que as cativem. Muitas vezes escolhem-nos pela capa, ou pelo autor que o vizinho recomendou, ou simplesmente compram-nos para ocupar aquele vazio na estante da sala. Sugiro que se entreguem ao mundo da leitura por vontade própria, pois a viagem irá deslumbrar qualquer um que se atreva a embarca nela. A recompensa será enorme, tanto a nível cultural como emocional.
Cada livro é um mundo. Quem quiser poderá comprovar que nenhuma história termina na última página, mas sim no coração de cada leitor. Através das palavras é possível viver coisas que na realidade seriam impossíveis, podendo assim tirar ensinamentos profundos sobre o sentido da vida.
Recomendo a todos a prática da leitura, pois é-lhes garantido um enriquecimento cultural e espiritual extraordinário que está ao alcance de um simples livro.
Alexandra Rico, 11º C










Existem dezenas de explicações para a importância da leitura, cada pessoa diz coisas diferentes.
Para uns, ler é adquirir conhecimentos, é fazer viagens, conhecer novos mundos ou explorar os sentimentos. Para mim, é refletir…
A leitura é, para mim, uma oportunidade para pensar e sonhar, claro que também gosto do conteúdo de um livro, das suas personagens, da maneira como foi redigido, enfim, da sua essência. Mas é na capacidade que dado livro tem de me absorver, obrigando-me a pensar, que eu encontro a importância da leitura. Por vezes, encontro-me de livro na mão completamente absorta do mundo…, apenas a pensar no que li e como isso me afeta e como muda a minha visão sobre os eventos e fenómenos do quotidiano. E, é nisso que reside, para mim, a importância da leitura.
Ao ler, estamos a cultivar-nos, a adquirir conhecimentos, a aprender a aceitar pontos de vista diferentes, a fazer viagens... Mas, mais importante, meditamos sobre a matéria do ser e, isso, é deveras importante!
   

                                                                                                                                                    Katnip,11º C







Ler é o melhor remédio

Mas afinal o que é ler? Alguns dizem que é perder tempo, outros que é aprender. Afinal se contas, quem nunca foi influenciado pela leitura?
Nos dias que correm, ler é cada vez mais essencial. Ler é uma fonte incrível de cultura, ler é conhecer o desconhecido, é como andar descalço em território proibido.Ler é viajar sem bilhete de regresso e, por vezes, é como um último remo na tempestade da mudança.
E quem não lê? Não se compadece do que não conhece. Vive num túmulto em busca da chave perdida que abra os portões da salvação. Aquele que não lê: não vê, não sente, não cheira, ouve ou saboreia…
Porque as letras nos conduzem à realidade, à verdade, num meio de mentiras, à afirmação num meio de negação!
Em suma, ler é somente uma linha que separa o ser do não ser.

Ana Barão, 11º C










«O que é a leitura para ti?»; «Porque é que gostas de ler?»
Estes são dois exemplos de perguntas que frequentemente me são dirigidas pelos demais. Nunca parei muito para pensar no assunto. Nunca tive a necessidade de me debruçar sobre mim mesma e pensar no motivo pelo qual dedico tanto do meu tempo aos livros. Contudo, agora surgiu-me o desafio de escrever sobre o assunto, e a literatura tem destas coisas, faz com que tenhamos que fazer uma introspeção e buscar em nós respostas a perguntas nunca antes pensadas.
Se me perguntarem qual foi o primeiro livro que li, não saberei dizer qual foi, nem sei se a história contada era interessante, mas inevitável será dizer que a experiência foi tão boa que voltei a reproduzi-la vezes e vezes sem conta até aos dias de hoje. Sempre que ouço alguém falar dos motivos que a levam a ler, a pessoa em questão refere-se ao facto de poder entrar num mundo só dela, de poder entrar em contacto com outras mentalidades. A tudo isto eu acrescento: através da leitura criamos a nossa própria liberdade. Independentemente do autor que escolhemos, este vai ensinar-nos algo, e os nossos sonhos são construídos com tudo aquilo que já sabemos e com todas as possibilidades que nos são mostradas, com a ajuda daquele mundo em que nós entramos sempre que lemos um livro, aprendemos a compreender o nosso e a ver a sua complexidade. Ao entrarmos nesse mundo inteiramente nosso, vemo-nos a nós próprios, avaliamos os nossos atos e passamos a tentar compreender o nosso verdadeiro «eu».
Isto é a leitura para mim. Com o tempo, ganhamos confiança e até nós passamos a escrever e a criar, prosas e poesias, mesmo que de forma tímida e resguardada.
Sara Falcato, 10º C








Nos dias que correm, o ato de ler de um livro está a cair em desuso, por assim dizer, isto em parte porque vivemos numa sociedade em que cada vez se dá menos importância ao que é palpável. É certo que muitas pessoas não estão à altura do desafio que é ler…sim, porque ler não é apenas olhar para um livro, ver as palavras e passar a folha, é, sim, compreender o que está para além dessas palavras, que mensagem nos transmitem, qual o seu conteúdo.
         Por isso, é muito importante que se fomente a leitura, mas uma leitura consciente, pois os benefícios são imensos, uma riqueza que ocupa o lugar onde reina a pobreza que é a ignorância.
Manuel Barroso, 10º C






Ler é importante porque nos traz diversos benefícios.
       Ao ler, enriquecemos o léxico, o que nos permite ter uma maior capacidade de comunicação, expandimos os nossos horizontes e alargamos o nosso conhecimento e a nossa cultura.
       A leitura permite-nos conhecer outros mundos, outras ideias.
   Há autores que, com as suas histórias e o modo como as transmitem, nos conseguem transportar para a mesma, fazendo com que, a partir do conforto do local onde estamos, vivamos intensamente aventuras, romances, tragédias, e muito mais, como se fizéssemos parte do elenco da história. Deste modo, desenvolve-se a imaginação e a criatividade.
    Os livros contribuem para melhorar a nossa maneira de ser, o modo de pensar sobre um determinado assunto e até sobre a nossa vida.
     Ao participar em atividades como o Concurso Nacional de Leitura, desenvolvemos o nosso espírito crítico e saímos da nossa zona de conforto, pois, por vezes, temos de ler obras que provavelmente não iríamos ler por não nos cativarem, ou até mesmo por não apreciarmos o autor.
Sara Baleizão, 11ºB





Ler é crescer, ler é viver!

Ler é viajar num mundo completamente diferente do que esperamos. Saber ler não é só saber juntar as letras e construir uma palavrar, saber ler é construir essa palavra na nossa vida.
Muitos dizem que ler é chato. Mas já experimentaram verdadeiramente o prazer da leitura? A reflexão que fazemos quando lemos a última linha de um livro? E o que aprendemos e aplicamos na nossa vida com os ensinamentos que cada história nos oferece? Talvez não!
A leitura é especial porquê? -perguntam vocês. Porque nela encontramos a alegria e a tristeza, os caminhos certos e errados, aprendemos a encontrar a verdade no meio de uma mentira e também compreendemos, toleramos e respeitamos mais o próximo. Ler é crescer, ler é viver!

Orgulho-me em poder ler
Assim ninguém me vai enganar
Aquele que não sabe ler
É cego, surdo e não pode sonhar!


Inês Cardoso, 10ºC