Dia 22 de outubro - Dia Internacional da Biblioteca Escolar: uma chave para o passado, presente e futuro.
A festa prolongou-se ao longo do dia!
Neste mês internacional das bibliotecas escolares e que a nossa Biblioteca também dedicou à AMIZADE, várias atividades preparadas ao longo do mês tiveram hoje lugar.
O passado, o presente e o futuro deram as mãos e num friso cronológico mostraram a evolução das bibliotecas ao longo do tempo. Conjugaram-se os verbos escrever, ler e escutar. Musicaram-se versos. Nas pontas dos pés, dançaram-se poesias. Poetas portugueses, espanhóis e franceses uniram-se num mesmo espaço e num mesmo tempo: o da Amizade em todos os outubros. Os de antes. Os de agora e os de sempre, porque enquanto houver no mundo alma de leitor, os livros serão eternamente folheados, lidos, sublinhados e guardados junto ao coração. É lá o melhor sítio!
Aqui vos deixamos uma pequena amostra das atividades realizadas, com um especial agradecimento a todos que direta ou indiretamente nelas participaram: alunos, professores e funcionária da biblioteca. Contámos com as turmas: 7º B, 7º C, 8º B, 8º C, 10ºD, 10º E, 11º B, 11º D, 12º C e 12º F.
Nota:Vê, no rodapé, as imagens (não te esqueças de carregar no botão som).
A AMIZADE
A amizade é um colorido colar que não quebra.
É um sol cintilante que dança na nossa alma.
É uma doce porta aberta de par em par que nos sorri.
A amizade é um aniversário mágico que faz anos todos os dias.
É bondade,
Humildade
e paz e relva na palma das mãos.
É beleza,
Carinho
e amor e jardins de todas as cores.
A amizade é um ramo de flores que não murcha.
É um gesto meigo que mima o nosso olhar.
É um longo livro de aventuras mil.
A amizade é uma árvore cheia de beijos que nos entrelaça para sempre.
É um lenço azul e verde que consola as nossas mágoas desamadas.
É uma borracha macia que não tem força para apagar o bater do coração.
A amizade é uma tentação!
Filipa Rim
Inês Abade
Inês Fachadas
Jéssica Silva
Laura Belela
Maria Correia
Maria Madalena
Milena Reis
7ºAno Turma C
O que Significa “Amar”?
“Amar” é querer estar perto de alguém, constantemente, observar o seu ser, o seu sorriso, e ouvir a doce melodia que formam as suas palavras. Fazer desse alguém o mundo. A presença dessa pessoa deixa-nos felizes; basta a proximidade dessa pessoa amada para limpar a nossa mente de quaisquer dúvidas ou pensamentos negativos e melhorar o espaço em nosso redor.
“Amar” é gostar duma pessoa, apesar de todos os seus defeitos; aceitar incondicionalmente a sua personalidade e fazer destas pequenas excentricidades porções únicas da alma que tornam singular a pessoa que amamos e que nos faz sentir afortunados e completos.
“Amar” é desejar ardentemente proteger alguém de toda a espécie de males e influências perversas que existem no mundo; mesmo se nos prejudicar ou danificar fisicamente, pois o prazer e satisfação que provêm de preservar a pureza e manter intacto o espírito que nos cativa tão fortemente são superiores à estima instintiva que temos por nós próprios e pelo nosso corpo.
“Amar” é apoiar absolutamente o alvo dos nossos sentimentos, independentemente da reciprocidade desses sentimentos; mesmo se chorarmos de devastação, continuamos a ser um pilar que suporta a pessoa amada, porque sentimos a necessidade de aliviar aquele ardor que temos no peito e que fala connosco, dizendo, imperativamente, para a ajudarmos.
“Amar” é denotativo, é apenas ter Amor a alguém, e, no entanto, encerra diversos significados.
Isto acontece porque “Amar” não é possível de quantificar ou descrever. Não nos é possível explicar precisamente aquela sensação que provêm do nosso âmago e que nos enche o corpo, acelera o coração e purga a mente de tudo excepto um único sentimento. Um sentimento que nos preenche; uma sensação de euforia que resulta da brilhante existência no Universo de uma pessoa merecedora na sua totalidade do nosso afecto, alguém que nos traz felicidade apenas por existir, e tristeza por não estar ao nosso lado. Este é um sentimento que faz cair uns e levanta outros. Um sentimento que nos leva a acreditar e nos impulsiona para frente, a bem ou a mal, moldando-nos e à nossa forma de ver o mundo, tornando cada um de nós diferente e completo. Um sentimento esmagador e indescritível que, sem dúvida, faz de nós humanos.
“Amar não é algo que possa ser descrito, “amar” é algo que é sentido, por cada um de nós.
As rosas também possuem picos
Num jardim de rosas, meu amor, por ti flori-o,
Com a rosa branca, que me dedicaste,
Meu coração assim cegaste.
Não sabendo o que era amar se iludiu.
Sou eu a branca rosa que tocaste,
Que alcançaste com um elogio.
Frente a mim teu cerne reluziu,
Eu amei e tu desprezaste.
Ó príncipe em ti me piquei,
Por não saber que eras espinho, eu
Em música silenciosa chorei.
A dor na minha alma nasceu,
Dentro de mim, cobri e guardei
A alma que só quer o céu.
Renata Caeiro, nº22, 10ºB
O livro é uma janela pela qual nos evadimos
Com apenas dez anos recebi o meu primeiro livro sem ilustrações. Quando o abri senti um misto de sensações. Por um lado, estava com curiosidade em desvendar todo o enredo que estaria por detrás de todas aquelas letras minúsculas. Por outro lado, aquela tão estranha ausência de ilustrações desconcertava-me.
Arrisquei, mesmo correndo o risco de uma tremenda desilusão. Li uma frase, um parágrafo, um capítulo, outro e mais outro e a cada palavrinha que lia, mais a minha mente se fundia com aquela história maravilhosa. Todas as tardes, eu escondia-me no escritório do meu pai, para poder entrar e viajar naquela realidade tão distinta da que conhecia.
Já só me faltavam dois capítulos, a viagem estava no seu auge, os meus olhos estavam em constante movimento, a cada mirada que dava, umas tantas palavras eram devoradas por toda aquela vontade voraz de saber. Onde e quando é que seria o regresso ao pequeno escritório do meu pai?
A viagem terminou. Todas as aventuras por que passara haviam chegado ao fim. Contrariamente ao que senti no início da aventura, agora já só sentia saudade, muita saudade.
O pequeno livro que me amedrontara ao início, agora dava-me uma vontade frenética de reentrar e reviver todas as aventuras que aquelas letrinhas me proporcionaram.
Margarida Guerreiro,10º C