sábado, 23 de abril de 2011

DIA MUNDIAL DO LIVRO

O que hoje comemoramos é muito mais do que o Dia do Livro, a sua euforia, a sua utilidade, o seu dia. Hoje, a propósito do Livro – e dos autores – assinalamos o modo como a humanidade resistiu à barbárie, como ela descobriu e fixou a poesia, o tempo, as epopeias, as paisagens, as aldeias recolhidas nas planícies, os pinhais abrigados num declive, a voz humana, o empréstimo do horror e da crueldade, a hora de dizer ‘não’ e a hora de dizer ‘sim’, as portas abertas numa casa vazia.


Assinalamos também, neste dia, o facto de as palavras terem um destino que se prolonga até onde formos capazes de levar algumas ideias tão simples, como a ideia de livro, a ideia de leitura, a de biblioteca, de partilha, de invenção, de página em branco, a de perdição por um romance ou por uma história repetida, repetida, repetida ao longo dos tempos.


Comemoramos este dia – de entre todos os outros – porque sabemos que a vida pode ser mudada por um livro, por um autor; que a nossa vida está perdida e, ao mesmo tempo, reunida nessas páginas de livros que passaram pelas nossas mãos ou aguardam o encontro entre a curiosidade e a pacificação, entre o gosto pela leitura e o gosto pela vida, entre as coisas que fomos e o que ainda havemos de ler.


Que existam, pois, bibliotecas, livros, autores, capítulos e fragmentos, sonetos, odes, histórias, episódios, esquecimentos, caminhos perdidos no meio das florestas ou desfeitos pela luz do mar, contos, novelas e números, fórmulas, apêndices e rostos amados. Que tudo exista. Porque todos nós somos leitores.Este é o nosso dia, o princípio de todos os dias.

Francisco José Viegas













A um Livro


No silêncio de cinzas do meu Ser

Agita-se uma sombra de cipreste,

Sombra roubada ao livro que ando a ler,

A esse livro de mágoas que me deste.


Estranho livro aquele que escreveste,

Artista da saudade e do sofrer!

Estranho livro aquele em que puseste

Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!


Leio-o, e folheio, assim, toda a minh’alma!

O livro que me deste é meu, e salma

As orações que choro e rio e canto! ...


Poeta igual a mim, ai que me dera

Dizer o que tu dizes! ... Quem soubera

Velar a minha Dor desse teu manto! ...


Florbela Espanca, in Livro de Mágoas

terça-feira, 12 de abril de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

FEIRA DO LIVRO USADO

Decorreu no dia 24 de Março a Feira do Livro Usado da Escola Secundária de Moura.



O balanço é positivo, tendo-se registado uma grande afluência de público.


A organização (Biblioteca Escolar) sublinha a forma empenhada de todos os participantes, quer os que doaram livros, quer os que os adquiriram/visitaram a feira e agradece ao Grupo de Jovens e à equipa Saca Sorrisos (grupo de alunas do 12ºD) a sua colaboração.

















No âmbito da Feira foram ainda entregues os certificados de presença aos alunos participantes na 1ª Fase do Concurso Nacional de Leitura e os respectivos prémios ( uma Diciopédia a cada um dos apurados para a 2ª Fase e um livro aos restantes).



3º Ciclo



















Ensino Secundário



segunda-feira, 4 de abril de 2011

LIVRO DA SEMANA

Chamo-me ... Pedro Nunes

Fui um matemático muito famoso durante a minha vida, e há quem diga que fui o mais importante matemático português de todos os tempos. Nós, os matemáticos, somos gente igual a todos os outros. A única diferença é que gostamos muito de Matemática.

Vais ficar a saber quais foram algumas das descobertas mais importantes que fiz...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

AUTOR DO MÊS


RUTH PRAWER JAHBVALA nasceu em Colónia, Alemanha, a 7 de Maio de 1927, filha de pais de origem judaica. Em 1939 emigrou com a família para a Grã-Bretanha e em 1948, com 21 anos, tornou-se cidadã britânica.

Estudou Literatura Inglesa na Universidade de Londres.

Aos 24 anos casou com o arquitecto indiano Cyrus S.H. Jahbvala. O casal viveu em Nova Deli durante 24 anos.

Começou a escrever a sério e publicou o seu primeiro romance Amrita quando tinha 29 anos. Durante os anos que esteve na Índia, os seus romances foram escritos com uma perspectiva indiana, com um olhar de fora. A sua maior preocupação foi com os europeus a viver na Índia e a vida da classe média indiana. Desencantada com a Índia mudou-se para os Estados Unidos (Nova Iorque) em 1975 e dividiu-se entre os dois países, tornando-se, mais tarde, também cidadã americana.

O romance Heat and Dust , que conta a história de uma mulher indiana em viagem pela Índia, é considerado a sua obra-prima e foi publicado quando tinha 48 anos.

Em parceria com o director James Ivory e o produtor Ismail Merchant, escreveu vários argumentos com os quais ganhou vários prémios, sendo os mais famosos Quarto com vista e Howard’s End de E.M. Forster.

Tendo vivido em vários países como Inglaterra, Índia e Estados Unidos e sendo de descendência judaica polaco-alemã tem uma excelente perspectiva internacional, como comprovam os seus romances. Não só apresenta os estrangeiros, como fala sobre a sua terra, como trata de forma sensível os dilemas sociais e culturais do país sobre o qual está a escrever.

http://www.suite101.com/content/ruth-prawer-jhavhala-biography-famous-for-novel-heat-and-dust-a279488

Principais obras literárias

Amrita, 1956

Natureza da Paixão, 1956

Esmond na Índia, 1958

O dono da casa, 1960

Como pássaros, como os peixes, 1963

Um Lugar Para trás, 1965

Um forte clima, 1968

Heat and Dust, 1975

Em Busca do Amor e da Beleza, 1983

Out of India: histórias seleccionadas, 1986

Três Continentes, 1987

Poeta e Dançarino, 1993

Fragmentos de Memória, 1995