segunda-feira, 9 de maio de 2011

LIVRO DA SEMANA





UM POMBO CHAMADO COLOMBO


de


Margarida Fonseca Santos, Maria Teresa Maia Gonzalez






Vida de pombo não anda nada fácil, especialmente quando se é um pombo-correio na era das novas tecnologias... Após uma vida inteira ao serviço dos monarcas da ilha Malu-ka, o pombo chamado Colombo tem de enfrentar a realidade de que se encontra, pela primeira vez... desempregado. E agora?




(...) "Então começou a ouvir dentro da sua cabeça uma vozinha que lhe disse:


- Vais ficar aqui o resto da vida a lamentar-te, Colombo?


Espantado, olhou em volta.


- Quem está aí? Quem falou?


- Sou eu, aqui dentro da tua cabeça, tonto... Não podes ver-me, claro...


- Ah... estou a perceber. És a voz da minha consciência!


- Hi-hi-hi! Qual consciência, qual capacete de aviador! Sou tu próprio, mas mais novo, entendes agora? " (...)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - 2ª FASE

Alunos participantes do 3ºCiclo e do Ensino Secundário da Escola Secundária de Moura




Decorreu no último sábado, 30 de Abril, no Cineteatro Caridade, a 2ª fase do Concurso Nacional de Leitura (fase distrital).






Alunos Ensino Secundário















Alunos 3º Ciclo




Os alunos da nossa escola tiveram um óptimo desempenho, tendo obtido um honroso 2ºlugar (Ens. Sec.) e dois, também honrosos, 3ºs lugares (3º Ciclo e Ens. Sec.).



Parabéns a todos os participantes!



A 3ª Fase (nacional) decorrerá em Lisboa, no dia 14 de Maio e contará com a presença da aluna Marisa Sofrino (2º lugar- fase distrital).

LIVRO DA SEMANA




(...)A Carla bem tenta confessar o que a preocupa, mas ninguém parece querer ouvi-la ou compreender o que diz. Pelo menos, pode contar com o Miguel, o namorado. Ou será que não?


Quando já está desesperada, a sua avó adivinha o que anda a preocupá-la.


- A mamã julgou que eu não estava a falar a sério, a tia Laura não entendeu o que eu queria dizer. E agora o Miguel não veio, ele vai deixar-me sozinha. Vovó, o que é que eu hei-de fazer?(...)

SUGESTÕES DE LEITURA

Lendas da Moura Salúquia







A morte do rei, Margarida Palma










Reis que amaram como rainhas,
Fernando Brusquetas de Castro









Nelson Mandela, Arquivo Íntimo




AUTOR DO MÊS

JOSÉ LUÍS PEIXOTO








José Luís Peixoto nasceu em 4 de Setembro de 1974, em Galveias, Portalegre.
É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Antes de se dedicar profissionalmente à escrita, trabalhou como professor em Praia (Cabo Verde) e em várias cidades de Portugal.

Tem publicado poesia e prosa.

Recebeu o Prémio Jovens Criadores (área de literatura) nos anos 97, 98 e 2000.
Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007.
Ainda em 2001, publica A Criança em Ruínas, o seu primeiro livro de poesia.
Em 2005, escreveu as peças de teatro Anathema (estreada no Théâtre de la Bastille, Paris) e À Manhã (estreado no Teatro São Luiz, Lisboa).
Em 2006, publicou o romance Cemitério de Pianos que recebeu o Prémio Cálamo - Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha nesse ano.
Em 2007 estreou a peça Quando o Inverno Chegar, no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria instituído pela Câmara Municipal de Penafiel.
Em 2008, após a edição de Nenhum Olhar nos Estados Unidos (sob o título The Implacable Order of Things), registou-se a sua integração na selecção semestral "Discover Great New Writers" das livrarias Barnes & Noble, sendo o único romance em língua estrangeira a fazer parte dessa lista, o que lhe facultou uma exposição excepcional na maior cadeia de livrarias dos Estados Unidos e do mundo.
Em 2009, Cemitério de Pianos foi um dos 10 romances finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura.
Neste mesmo ano, os livros Morreste-me e Gaveta de Papéis são publicados em braille.
Em 2010 publicou o romance Livro.

O Município de Ponte de Sor criou um prémio literário com o nome de José Luís Peixoto para jovens autores.

Os seus romances estão publicados em Espanha, Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França, Finlândia, Holanda, entre outros, estando traduzidos num total de 18 idiomas.

É colaborador de diversas publicações nacionais e estrangeiras (Time Out, Jornal de Letras, Visão).
Os seus livros têm tido referências críticas em publicações internacionais de referência como: The Independent, The Guardian, Esquire, Monocle, Metro, Time Out New York, San Francisco Chronicle, El País, El Mundo, ABC, Le Figaro, Le Monde, La Reppublica, Corriere de la Sera, L'Unitá, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, entre outros.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Lu%C3%ADs_Peixoto


Obras Publicadas

Ficção
2000 - Morreste-me
2000 - Nenhum Olhar
2002 - Uma Casa na Escuridão
2003 - Antídoto
2006 - Minto Até ao Dizer que Minto
2006 - Cemitério de Pianos
2007 - Hoje Não
2007 - Cal
2010 - Livro

Poesia
2001 - A Criança em Ruínas
2002 - A Casa, a Escuridão.
2008 - Gaveta de papéis

Obras de teatro
2006 - Anathema (Estreada no Theatre de la Bastille em Paris)
2007 - À Manhã (Estreada no Teatro São Luiz em Lisboa)
2007 - Quando o Inverno Chegar (Estreada no Teatro São Luiz em Lisboa)

Textos para músicas
2007 - Negócios Estrangeiros, para Da Weasel
2008 - O Velório de Cláudio ou a Representação Bufa de Personagens Históricas
2008 - Orfeu ed Eurídice (uma adaptação)

Escreveu textos para os grupos A Naifa, Quinta do Bill, Mísia, Joana Amendoeira.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

LIVRO DA SEMANA

O principal tema de Livro , último romance de José Luís Peixoto, é a emigração portuguesa para França nos anos 60.


Livro fala da História recente de Portugal, de acontecimentos dos últimos 50 anos, com destaque para a vaga de emigração para França, uma aventura que milhões de portugueses empreenderam em busca de uma vida melhor.


"A mãe pousou o livro nas mãos do filho.
Que mistério. O rapaz não conseguia imaginar um propósito para o objecto que suportava. Pensou em cheirá-lo, mas a porta do quintal estava aberta, entrava luz, havia muita vida lá fora."

sábado, 23 de abril de 2011

DIA MUNDIAL DO LIVRO

O que hoje comemoramos é muito mais do que o Dia do Livro, a sua euforia, a sua utilidade, o seu dia. Hoje, a propósito do Livro – e dos autores – assinalamos o modo como a humanidade resistiu à barbárie, como ela descobriu e fixou a poesia, o tempo, as epopeias, as paisagens, as aldeias recolhidas nas planícies, os pinhais abrigados num declive, a voz humana, o empréstimo do horror e da crueldade, a hora de dizer ‘não’ e a hora de dizer ‘sim’, as portas abertas numa casa vazia.


Assinalamos também, neste dia, o facto de as palavras terem um destino que se prolonga até onde formos capazes de levar algumas ideias tão simples, como a ideia de livro, a ideia de leitura, a de biblioteca, de partilha, de invenção, de página em branco, a de perdição por um romance ou por uma história repetida, repetida, repetida ao longo dos tempos.


Comemoramos este dia – de entre todos os outros – porque sabemos que a vida pode ser mudada por um livro, por um autor; que a nossa vida está perdida e, ao mesmo tempo, reunida nessas páginas de livros que passaram pelas nossas mãos ou aguardam o encontro entre a curiosidade e a pacificação, entre o gosto pela leitura e o gosto pela vida, entre as coisas que fomos e o que ainda havemos de ler.


Que existam, pois, bibliotecas, livros, autores, capítulos e fragmentos, sonetos, odes, histórias, episódios, esquecimentos, caminhos perdidos no meio das florestas ou desfeitos pela luz do mar, contos, novelas e números, fórmulas, apêndices e rostos amados. Que tudo exista. Porque todos nós somos leitores.Este é o nosso dia, o princípio de todos os dias.

Francisco José Viegas













A um Livro


No silêncio de cinzas do meu Ser

Agita-se uma sombra de cipreste,

Sombra roubada ao livro que ando a ler,

A esse livro de mágoas que me deste.


Estranho livro aquele que escreveste,

Artista da saudade e do sofrer!

Estranho livro aquele em que puseste

Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!


Leio-o, e folheio, assim, toda a minh’alma!

O livro que me deste é meu, e salma

As orações que choro e rio e canto! ...


Poeta igual a mim, ai que me dera

Dizer o que tu dizes! ... Quem soubera

Velar a minha Dor desse teu manto! ...


Florbela Espanca, in Livro de Mágoas