segunda-feira, 29 de outubro de 2012

LIVRO DA SEMANA

Esta semana, ainda dedicada à AMIZADE, aqui vos deixamos esta sugestão em língua inglesa:

THE BEST OF FRIENDS


Histórias intemporais que, através de palavras e de imagens, são um excelente recurso de transmissão, às crianças, de valores morais fundamentais.

sábado, 27 de outubro de 2012

PRÉMIO DA UNIÃO EUROPEIA DE LITERATURA 2012





Afonso Cruz

vence Prémio 

da União 

Europeia 

de Literatura



Afonso Cruz está entre os doze escritores vencedores do Prémio da União Europeia de Literatura 2012 com o seu livro "A Boneca de Kokoschka" (Quetzal). O prémio, no valor de 5 mil euros, permite que os vencedores tenham prioridade de acesso a um programa da União Europeia, para que o seu livro seja traduzido em várias línguas.

Os escritores candidatos ao prémio são indicados por júris dos vários países.
Nesta edição o júri português foi composto pelo presidente José Jorge Letria (Sociedade Portuguesa de Autores) e pelo editor João Rodrigues e a livreira Ana Neves (ambos representando a APEL- Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros).

A Boneca de Kokoschka
A Boneca de Kokoschka
       
      O pintor Oskar Kokoschka estava tão apaixonado por Alma Mahler que, quando a relação acabou, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. A carta à fabricante de marionetas, que era acompanhada de vários desenhos com indicações para o seu fabrico, incluía quais as rugas da pele que ele achava imprescindíveis. Kokoschka, longe de esconder a sua paixão, passeava a boneca pela cidade e levava-a à ópera. Mas um dia, farto dela, partiu-lhe uma garrafa de vinho tinto na cabeça e a boneca foi para o lixo. Foi a partir daí que ela se tornou fundamental para o destino de várias pessoas que sobreviveram às quatro toneladas de bombas que caíram em Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DIA INTERNACIONAL DA BIBLIOTECA ESCOLAR


Dia 22 de outubro - Dia Internacional da Biblioteca Escolar: uma chave para o passado, presente e futuro.    
   
        A festa prolongou-se ao longo do dia!
    Neste mês internacional das bibliotecas escolares e que a nossa Biblioteca também dedicou à AMIZADE, várias atividades preparadas ao longo do mês tiveram hoje lugar.

      O passado, o presente e o futuro deram as mãos e num friso cronológico mostraram a evolução das bibliotecas ao longo do tempo. Conjugaram-se os verbos escrever, ler e escutar. Musicaram-se versos. Nas pontas dos pés, dançaram-se poesias. Poetas portugueses, espanhóis e franceses uniram-se num mesmo espaço e num mesmo tempo: o da Amizade em todos os outubros. Os de antes. Os de agora e os de sempre, porque enquanto houver no mundo alma de leitor, os livros serão eternamente folheados, lidos, sublinhados e guardados junto ao coração. É lá o melhor sítio!

      Aqui vos deixamos uma pequena amostra das atividades realizadas, com um especial agradecimento a todos que direta ou indiretamente nelas participaram: alunos, professores e funcionária da biblioteca.  Contámos com as turmas: 7º B, 7º C, 8º B, 8º C, 10ºD, 10º E, 11º B, 11º D, 12º C e 12º F.

Nota:Vê, no rodapé, as imagens (não te esqueças de carregar no botão som).

A AMIZADE
A amizade é um colorido colar que não quebra.
É um sol cintilante que dança na nossa alma.
É uma doce porta aberta de par em par que nos sorri.
A amizade é um aniversário mágico que faz anos todos os dias.
É bondade,
Humildade
e paz e relva na palma das mãos.
É beleza,
Carinho
e amor e jardins de todas as cores.
A amizade é um ramo de flores que não murcha.
É um gesto meigo que mima o nosso olhar.
É um longo livro de aventuras mil.
A amizade é uma árvore cheia de beijos que nos entrelaça para sempre.

É um lenço azul e verde que consola as nossas mágoas desamadas.
É uma borracha macia que não tem força para apagar o bater do coração.
A amizade é uma tentação!
Filipa Rim
Inês Abade 
Inês Fachadas 
Jéssica Silva

Laura Belela
Maria Correia
Maria Madalena
Milena Reis 
7ºAno Turma C




O que Significa “Amar”?



“Amar” é querer estar perto de alguém, constantemente, observar o seu ser, o seu sorriso, e ouvir a doce melodia que formam as suas palavras. Fazer desse alguém o mundo. A presença dessa pessoa deixa-nos felizes; basta a proximidade dessa pessoa amada para limpar a nossa mente de quaisquer dúvidas ou pensamentos negativos e melhorar o espaço em nosso redor.
“Amar” é gostar duma pessoa, apesar de todos os seus defeitos; aceitar incondicionalmente a sua personalidade e fazer destas pequenas excentricidades porções únicas da alma que tornam singular a pessoa que amamos e que nos faz sentir afortunados e completos.
“Amar” é desejar ardentemente proteger alguém de toda a espécie de males e influências perversas que existem no mundo; mesmo se nos prejudicar ou danificar fisicamente, pois o prazer e satisfação que provêm de preservar a pureza e manter intacto o espírito que nos cativa tão fortemente são superiores à estima instintiva que temos por nós próprios e pelo nosso corpo.
“Amar” é apoiar absolutamente o alvo dos nossos sentimentos, independentemente da reciprocidade desses sentimentos; mesmo se chorarmos de devastação, continuamos a ser um pilar que suporta a pessoa amada, porque sentimos a necessidade de aliviar aquele ardor que temos no peito e que fala connosco, dizendo, imperativamente, para a ajudarmos.
“Amar” é denotativo, é apenas ter Amor a alguém, e, no entanto, encerra diversos significados.
Isto acontece porque “Amar” não é possível de quantificar ou descrever. Não nos é possível explicar precisamente aquela sensação que provêm do nosso âmago e que nos enche o corpo, acelera o coração e purga a mente de tudo excepto um único sentimento. Um sentimento que nos preenche; uma sensação de euforia que resulta da brilhante existência no Universo de uma pessoa merecedora na sua totalidade do nosso afecto, alguém que nos traz felicidade apenas por existir, e tristeza por não estar ao nosso lado. Este é um sentimento que faz cair uns e levanta outros. Um sentimento que nos leva a acreditar e nos impulsiona para frente, a bem ou a mal, moldando-nos e à nossa forma de ver o mundo, tornando cada um de nós diferente e completo. Um sentimento esmagador e indescritível que, sem dúvida, faz de nós humanos.
            “Amar não é algo que possa ser descrito, “amar” é algo que é sentido, por cada um de nós.

João Geraldo, nº15, 10ºB



As rosas também possuem picos

Num jardim de rosas, meu amor, por ti flori-o,

Com a rosa branca, que me dedicaste,

Meu coração assim cegaste.

Não sabendo o que era amar se iludiu.




Sou eu a branca rosa que tocaste,
Que alcançaste com um elogio.
Frente a mim teu cerne reluziu,
Eu amei e tu desprezaste.

Ó príncipe em ti me piquei,
Por não saber que eras espinho, eu
Em música silenciosa chorei.

A dor na minha alma nasceu,
Dentro de mim, cobri e guardei
A alma que só quer o céu.


Renata Caeiro, nº22, 10ºB






O livro é uma janela pela qual nos evadimos

        Com apenas dez anos recebi o meu primeiro livro sem ilustrações. Quando o abri senti um misto de sensações. Por um lado, estava com curiosidade em desvendar todo o enredo que estaria por detrás de todas aquelas letras minúsculas. Por outro lado, aquela tão estranha ausência de ilustrações desconcertava-me.
       Arrisquei, mesmo correndo o risco de uma tremenda desilusão. Li uma frase, um parágrafo, um capítulo, outro e mais outro e a cada palavrinha que lia, mais a minha mente se fundia com aquela história maravilhosa. Todas as tardes, eu escondia-me no escritório do meu pai, para poder entrar e viajar naquela realidade tão distinta da que conhecia.
       Já só me faltavam dois capítulos, a viagem estava no seu auge, os meus olhos estavam em constante movimento, a cada mirada que dava, umas tantas palavras eram devoradas por toda aquela vontade voraz de saber. Onde e quando é que seria o regresso ao pequeno escritório do meu pai?
       A viagem terminou. Todas as aventuras por que passara haviam chegado ao fim. Contrariamente ao que senti no início da aventura, agora já só sentia saudade, muita saudade.
       O pequeno livro que me amedrontara ao início, agora dava-me uma vontade frenética de reentrar e reviver todas as aventuras que aquelas letrinhas me proporcionaram.

                                        Margarida Guerreiro,10º C
                                                                                                         

LIVRO DA SEMANA


Neste dia tão especial para a nossa biblioteca, não poderíamos deixar de escolher esta obra que tão bem retrata o ambiente maravilhoso que aqui se vive. 
Não percas tempo, fico à espera que me requisites! Boas leituras!

A Biblioteca Mágica 
de 


Dois jovens primos e grandes amigos separam-se depois das longas férias do verão. Mas as novidades são tantas que para se manterem em contacto um com o outro recorrem às cartas, numa espécie de livro-diário, onde contam tudo o que lhes acontece. Nesta troca de correspondência encontram acidentalmente uma estranha carta caída da mala da Lilli dos Livros, com indicações misteriosas que os dois jovens vão investigar…
Uma descoberta ou um reencontro com o mundo dos livros, desde os mais antigos até aos mais atuais, onde se revelam a todos os leitores importantes características das diferentes épocas do livro.

POEMA DA SEMANA

Esta semana escolhemos este lindo poema da grande poetisa Florbela Espanca.


Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...

                                    Florbela Espanca

Nota: ver separador POEMAS DA SEMANA

DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR

 Dia da Biblioteca Escolar - 22 de outubro 

Hoje, a nossa biblioteca está em festa, celebra-se o seu dia.

Aqui vos deixamos este lindo texto da autoria da aluna Inês Limpo, do 11º ano, turma B, como forma de homenagear este fantástico espaço de leitura:

“O livro é uma janela pela qual nos evadimos”

Final do dia, o cansaço acumulado a libertar-se pelos poros sob ondas violentas de suor e pelos olhos sob maremotos de incontroláveis lágrimas salgadas que se difundem sem tempo de secar.
Tudo parece errado e fora do lugar, a nossa vida está um autêntico caos e não apresenta sinais de estar prestes a melhorar. Sentimo-nos sós, desamparados, com vontade de esquecer tudo, até mesmo a nossa própria existência. A pergunta inevitável é, então: o que fazer? Há quem se refugie no álcool, tabaco, café, calmantes, chocolate ou mesmo banhos de gelo. Quanto a mim procuro conforto no meu livro preferido.
Sento-me no meu cadeirão baloiçante, sinfonias de violoncelo e piano a ecoar pelo quarto figurando como música ambiente, o meu pijama de risquinhas a envolver-me o corpo e é aí que o meu livro predileto entra em ação. Desde que o adquiri, os meus olhos já percorreram as suas páginas tantas vezes que poderia dizer de cor o conteúdo de cada parágrafo.
Como se de magia se tratasse, cada músculo do meu corpo acaba por relaxar ao longo da minha leitura, sinto-me em casa, na minha zona de conforto. Vivo intensamente todos e qualquer sentimento das personagens por mais diversificados que sejam. Rio, choro, arrepio-me, fico feliz, frustrada e por vezes até mesmo indignada com o enredo dos meus livros, mas de todas as vezes sinto-me realmente inserida na história como se da minha sina se tratasse. Refugio-me de tal forma na trama do meu livro que me chego a surpreender com a facilidade com que me sinto ligada e próxima das personagens.
Os livros são, sem sombra de dúvida, a forma mais fácil e eficaz de nos evadirmos de nós mesmos e do mundo circundante. Com os seus universos de conhecimento e lições de vida estão sempre prontos para nos surpreender, deliciar e transportar para um mundo onde somos apenas aquilo que queremos ser. Como moeda de troca pedem apenas uma ação: ler.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

POEMA DA SEMANA


POEMA da SEMANA

Aqui fica este lindo poema de Pablo Neruda.


Tudo, amigo, o fiz para ti. Tudo isto
que sem olhares verás na minha casa vazia:
tudo isto que sobe pelo muros direitos
- como o meu coração - sempre buscando altura.

Sorriste - amigo. Que importa! Ninguém sabe
entregar nas mãos o que se esconde dentro,
mas eu dou-te a alma, ânfora de suaves néctares,
e toda eu ta dou... Menos aquela lembrança...

... Que na minha herdade vazia aquele amor perdido
é uma rosa branca que se abre em silêncio...

                 Pablo Neruda, in "Crepusculário"
                Tradução de Rui Lage