quinta-feira, 1 de novembro de 2012

AUTOR DO MÊS

Um grande e singular poeta, um contador de histórias, ditas infantis ou juvenis, de rara inventiva, o mais notável cronista português: Manuel António Pina. Íntimo da morte, na viva pulsação e plenitude dos seus versos, aquela levou-o no dia 19 de outubro(...)
In Visão, 25 de outubro 2012

A Biblioteca Escolar decidiu homenageá-lo desta forma: autor do mês de novembro


MANUEL ANTÓNIO PINA



Nascimento: 18 de novembro de 1943
                      Sabugal, Portugal

 Morte: 19 de outubro de 2012(68 anos)

              Porto, Portugal


Nacionalidade: portuguesa

Ocupação:escritor, jornalista, cronista






Prémios: Prémio Camões 2011; 


               1978-Prémio de Poesia da Casa da Imprensa;
               1987-Prémio Gulbenkian; 
               1988-Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de   Pádua, 
                        Itália; 
               1988-Prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude;
               1993-Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas;
               2002-Prémio da Crítica, da Secção Portuguesa da Associação Internacional de
                        Críticos Literários; 
               2004-Prémio de Crónica 2004 da Casa da Imprensa; 
               2004-Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2003;
               2005-Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT.

A um Jovem Poeta



Procura a rosa. 
Onde ela estiver 
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser 

que em prosa ela floresça 
ainda, sob tanta 
metáfora; pode ser, e que quando 
nela te vires te reconheças 

como diante de uma infância 
inicial não embaciada 
de nenhuma palavra 
e nenhuma lembrança. 

Talvez possas então 
escrever sem porquê, 

evidência de novo da Razão 
e passagem para o que não se vê. 


Manuel António Pina, in "Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança"




Alguma da sua tão vasta obra:

1973 - "O país das pessoas de pernas para o ar"


1976 - "O têpluquê"
1981 - "A lâmpada do quarto? A criança?"
1984 - "História com reis, rainhas, bobos, bombeiros e galinhas"
1987 - "O inventão"
1991 - "Um sítio onde pousar a cabeça" 
1994 - "O anacronista"
1998 - "Aquilo que os olhos vêem, ou O Adamastor"
1999 - "Nenhuma palavra, nenhuma lembrança"
2001 - "Pequeno livro de desmatemática" 
2002 - "Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães"
2003 - “Os livros”
2004 - "O cavalinho de pau do Menino Jesus"
2005 - "Queres Bordalo?"
2007 - "Dito em voz alta"
2008 - "Gatos"
2009 - "História do sábio fechado na sua biblioteca"
2010 - "Por outras palavras e mais crónicas de jornal" 
2011 - "Como se desenha uma casa"
2012 - "Todas as palavras /Poesia reunida" 




quarta-feira, 31 de outubro de 2012

POEMA DA SEMANA




POEMA DA SEMANA

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
                                 
                                                                                                  Albert Einstein