terça-feira, 16 de abril de 2013

POESIA DA SEMANA


Neste tempo primaveril, deixamo-vos esta linda poesia da autoria de Ricardo Reis.


 
Aos que a Felicidade é Sol, Virá a Noite

 Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.

Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.

Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada 'spera
Tudo que vem é grato.


   Ricardo Reis, in "Odes"
  Heterónimo de Fernando Pessoa

POESIA DA SEMANA



que a Felicidade é Sol, Virá a Noite

Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.

Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.

Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada 'spera
Tudo que vem é grato.


   Ricardo Reis, in "Odes"
  Heterónimo de Fernando Pessoa

segunda-feira, 15 de abril de 2013

LIVRO DA SEMANA

Esta semana sugerimos a leitura da obra: O que é a Felicidade? -  texto de Oscar Brenifier e ilustrações Catherine Meurisse.
 
 

 
Em "O que é a Felicidade?" há seis grandes questões para jogar com as ideias e ver para além das aparências:

-Como é que sabes que és feliz?
-É fácil ser feliz?
-Deves procurar a felicidade a qualquer preço?
-O dinheiro traz felicidade?
-Precisas dos outros para ser feliz?
-Por que é que às vezes somos infelizes?

MESES (DES)ENCANTADOS



Mês de Abril (sobre a Felicidade) 



Frases que Contracenam - " Na Ponta dos Gestos"


          Abril começou chuvoso e alagou a escola de Felicidade: espalhou pensamentos para refletir, ideias para discutir, poemas para sentir e receitas para cumprir. Tudo pela Felicidade! Tudo pelo bem-estar! Tudo para encorajar os seus alunos às batalhas a travar neste último período (testes, trabalhos finais, exames!!!); para os salvar da desesperança; para os incitar a nunca desistirem de ser felizes, pois a vida, no dizer do poeta Fernando Pessoa,“é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário”.









quarta-feira, 10 de abril de 2013

POEMA DA SEMANA

Nesta semana, em que a FELICIDADE continua a brilhar, deixamo-vos este lindo poema de Vinicius de Moraes.

Por favor, sejam felizes!




A Felicidade

       Tristeza não tem fim
      Felicidade sim

      A felicidade é como a pluma
      Que o vento vai levando pelo ar
      Voa tão leve
      Mas tem a vida breve
      Precisa que haja vento sem parar

      A felicidade do pobre parece
      A grande ilusão do carnaval
      A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

      Tristeza não tem fim
Felicidade sim

                                                 Vinicius de Moraes







sexta-feira, 5 de abril de 2013

POEMA DA SEMANA


 FELICIDADE


Não se acostume com o que não o faz feliz, 
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas. 

Se achar que precisa voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga! 
Se estiver tudo errado, comece novamente. 
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as. 
Se perder um amor, não se perca
Se o achar, segure-o!
 
                                              
                                                          Fernando Pessoa

LIVRO DA SEMANA

Como livro da semana, sugerimos a leitura de Diálogo sobre a felicidade, de Santo Agostinho.




Tema frequente no pensamento antigo e abordado pelas várias escolas helenísticas, o tema da «vida feliz» (no sentido ético) é aqui inserido por Santo Agostinho - ainda no início da sua produção filosófica - no âmbito de uma reflexão de cunho teocêntrico.