Manuel Teixeira Gomes nasceu em Vila Nova de Portimão, a 27 de Maio de 1860 e faleceu em Bougie (Argélia), a 18 de Outubro de 1941; foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa de 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925.
Teixeira Gomes casou com Belmira das Neves, oriunda de famílias modestas de pescadores e tiveram duas filhas. Era filho de José Libânio Gomes e Maria da Glória Teixeira Gomes. O pai, além de proprietário abastado, dedicava-se ao comércio de frutos secos, sendo um homem muito viajado, instruído em França, onde assistiu à revolução de 1848, advogava princípios republicanos, chegando a ser cônsul da Bélgica no Algarve. Foi educado pelos pais, até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra, mas cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se, então, para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre.
Graças à sensibilidade do pai, que decide continuar a apoiar financeiramente a vida boémia do filho, Teixeira Gomes desenvolve uma forte tendência para as artes, nomeadamente a literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.
Fixou-se no Porto, onde conheceu Sampaio Bruno, tendo sido nesse período que começou a colaborar em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro e Folha Nova.
Depois de se reconciliar com a família, viaja pela Europa, norte de África e Próximo Oriente, em representação comercial para negociar os produtos agrícolas produzidos pelas propriedades do pai (frutos secos, nomeadamente, amêndoa e figo) o que alarga consideravelmente os seus horizontes culturais.
Republicano, exerce, após o 5 de Outubro de 1910, o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra. Em 11 de Outubro de 1911, apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em Londres, cidade onde então se encontrava a família real portuguesa no exílio.
A 6 de Agosto de 1923 foi eleito Presidente da República, mas viria a demitir-se das suas funções a 11 de Dezembro de 1925, num contexto de grande perturbação política e social. A sua vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária, foi a sua justificação oficial para a renúncia.
A 17 de Dezembro, embarca no paquete holandês «Zeus» rumo a Oran, na Argélia, num auto-exílio voluntário, sempre em oposição ao regime de Salazar, nunca regressando em vida a Portugal.
Morre em 1941 e só em Outubro de 1950 os seus restos mortais voltaram a Portugal, numa cerimónia que veio a tornar-se provavelmente na mais controversa manifestação popular ocorrida na já então cidade de Portimão, nos tempos do Salazarismo, onde estiveram presentes as suas duas filhas, Ana Rosa Teixeira Gomes Calapez e Maria Manuela Teixeira Gomes Pearce de Azevedo.
Deixou uma considerável obra literária, integrada na corrente nefelibata e uranista.
Teixeira Gomes casou com Belmira das Neves, oriunda de famílias modestas de pescadores e tiveram duas filhas. Era filho de José Libânio Gomes e Maria da Glória Teixeira Gomes. O pai, além de proprietário abastado, dedicava-se ao comércio de frutos secos, sendo um homem muito viajado, instruído em França, onde assistiu à revolução de 1848, advogava princípios republicanos, chegando a ser cônsul da Bélgica no Algarve. Foi educado pelos pais, até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra, mas cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se, então, para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre.
Graças à sensibilidade do pai, que decide continuar a apoiar financeiramente a vida boémia do filho, Teixeira Gomes desenvolve uma forte tendência para as artes, nomeadamente a literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.
Fixou-se no Porto, onde conheceu Sampaio Bruno, tendo sido nesse período que começou a colaborar em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro e Folha Nova.
Depois de se reconciliar com a família, viaja pela Europa, norte de África e Próximo Oriente, em representação comercial para negociar os produtos agrícolas produzidos pelas propriedades do pai (frutos secos, nomeadamente, amêndoa e figo) o que alarga consideravelmente os seus horizontes culturais.
Republicano, exerce, após o 5 de Outubro de 1910, o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra. Em 11 de Outubro de 1911, apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em Londres, cidade onde então se encontrava a família real portuguesa no exílio.
A 6 de Agosto de 1923 foi eleito Presidente da República, mas viria a demitir-se das suas funções a 11 de Dezembro de 1925, num contexto de grande perturbação política e social. A sua vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária, foi a sua justificação oficial para a renúncia.
A 17 de Dezembro, embarca no paquete holandês «Zeus» rumo a Oran, na Argélia, num auto-exílio voluntário, sempre em oposição ao regime de Salazar, nunca regressando em vida a Portugal.
Morre em 1941 e só em Outubro de 1950 os seus restos mortais voltaram a Portugal, numa cerimónia que veio a tornar-se provavelmente na mais controversa manifestação popular ocorrida na já então cidade de Portimão, nos tempos do Salazarismo, onde estiveram presentes as suas duas filhas, Ana Rosa Teixeira Gomes Calapez e Maria Manuela Teixeira Gomes Pearce de Azevedo.
Deixou uma considerável obra literária, integrada na corrente nefelibata e uranista.
"A política, longe de me oferecer encantos ou compensações, converteu-se para mim, talvez por exagerada sensibilidade minha, num sacrifício inglório. Dia a dia, vejo desfolhar, de uma imaginária jarra de cristal, as minhas ilusões políticas. Sinto uma necessidade, porventura fisiológica, de voltar às minhas preferências, às minhas cadeiras e aos meus livros."
Teixeira Gomes
In: Wikipédia
Principais obras literárias
Cartas sem Moral Nenhuma (1904)
Agosto Azul (1904)
Sabina Freire (1905)
Desenhos e Anedotas de João de Deus (1907)
Gente Singular (1909)
Cartas a Columbano (1932)
Novelas Eróticas (1935)
Regressos (1935)
Miscelânea (1937)
Maria Adelaide (1938)
Carnaval Literário (1938)
Sem comentários :
Enviar um comentário