Jorge Mario Vargas Llosa nasceu no seio de uma família de classe média em 28 de Março de 1936, em Arequipa, no Peru. Os seus pais separaram-se após cinco meses de casamento e só conheceu o pai aos dez anos de idade. Passou a sua primeira infância em Cochabamba, Bolívia, mas no período do governo de José Luis Bustamante y Rivero, o seu avô obtém um importante cargo político no governo, em Piura, no norte do Peru, e a sua mãe volta ao Peru, para viver naquela cidade.
Em 1946 muda-se para Lima e conhece, então, o pai. Os pais reconciliam-se e, durante a sua adolescência, a família continuará vivendo ali.
Quando completa 14 anos, ingressa, por vontade paterna, no Colégio Militar como aluno interno, onde permaneceu dois anos. Essa experiência será o tema do seu primeiro livro - A Cidade e os cães (La ciudad y los perros). Em 1953 é admitido na tradicional Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, a mais antiga da América. Ali estudou Letras e Direito, contra a vontade de seu pai.
Aos 19 anos, casa-se com Julia Urquidi, irmã da mulher de seu tio materno, e passa a ter vários empregos para sobreviver: Trabalha como redactor mas também catalogando livros e até mesmo procedendo à revisão de nomes nos túmulos dos cemitérios. Em 1958 recebe uma bolsa de estudos- "Javier Prado"- e vai para Espanha, onde obtém o doutoramento em Filosofia e Letras, na Universidade Complutense de Madrid. Vai depois para a França, onde vive durante alguns anos. Em 1964 divorcia-se de Júlia e em 1965 casa-se com a prima Patrícia Llosa, com quem tem três filhos Álvaro, Gonzalo e Morgana.
A sua obra critica a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina, sendo o seu principal tema a luta pela liberdade individual na realidade opressiva do Peru. A princípio, assim como vários outros intelectuais de sua geração, Vargas Llosa sofreu a influência do existencialismo de Jean Paul Sartre.
Muitas das suas obras são autobiográficas, como A cidade e os cães (1963), A Casa Verde (1966), que mostra a influência de William Faulkner, e conta a vida das personagens num bordel, cujo nome dá título ao livro e a Tia Júlia e o Escrevedor (1977). Por A cidade e os cães recebeu o Prémio Biblioteca Breve da Editora Seix Barral e o Prémio da Crítica de 1963. O seu terceiro romance, Conversa na Catedral publicado em quatro volumes e que o próprio Vargas Llosa caracterizou como obra completa, narra fases da sociedade peruana sob a ditadura de Odria em 1950. Há um encontro na Catedral entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo, sobre a Guerra de Canudos, que dedica ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prémios e condecorações: o Prémio Rómulo Gallegos (1967); o Prémio Cervantes (1994), o Prémio Nacional de Novela do Peru em 1967, pelo romance A Casa Verde, o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986) e o Prémio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993 foi-lhe concedido o Prémio Planeta pelo seu romance Lituma nos Andes; o Prémio Biblioteca Breve, por Batismo de Fogo, em 1963, que marca o início de sua brilhante carreira literária internacional. É membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutoramentos honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; como os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com Medalha de honra em 1985. A 7 de Outubro de 2010 foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências "pela sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual". O presidente do Peru, Alan García, considerou o prémio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal".
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Vargas_Llosa
Em 1946 muda-se para Lima e conhece, então, o pai. Os pais reconciliam-se e, durante a sua adolescência, a família continuará vivendo ali.
Quando completa 14 anos, ingressa, por vontade paterna, no Colégio Militar como aluno interno, onde permaneceu dois anos. Essa experiência será o tema do seu primeiro livro - A Cidade e os cães (La ciudad y los perros). Em 1953 é admitido na tradicional Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, a mais antiga da América. Ali estudou Letras e Direito, contra a vontade de seu pai.
Aos 19 anos, casa-se com Julia Urquidi, irmã da mulher de seu tio materno, e passa a ter vários empregos para sobreviver: Trabalha como redactor mas também catalogando livros e até mesmo procedendo à revisão de nomes nos túmulos dos cemitérios. Em 1958 recebe uma bolsa de estudos- "Javier Prado"- e vai para Espanha, onde obtém o doutoramento em Filosofia e Letras, na Universidade Complutense de Madrid. Vai depois para a França, onde vive durante alguns anos. Em 1964 divorcia-se de Júlia e em 1965 casa-se com a prima Patrícia Llosa, com quem tem três filhos Álvaro, Gonzalo e Morgana.
A sua obra critica a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina, sendo o seu principal tema a luta pela liberdade individual na realidade opressiva do Peru. A princípio, assim como vários outros intelectuais de sua geração, Vargas Llosa sofreu a influência do existencialismo de Jean Paul Sartre.
Muitas das suas obras são autobiográficas, como A cidade e os cães (1963), A Casa Verde (1966), que mostra a influência de William Faulkner, e conta a vida das personagens num bordel, cujo nome dá título ao livro e a Tia Júlia e o Escrevedor (1977). Por A cidade e os cães recebeu o Prémio Biblioteca Breve da Editora Seix Barral e o Prémio da Crítica de 1963. O seu terceiro romance, Conversa na Catedral publicado em quatro volumes e que o próprio Vargas Llosa caracterizou como obra completa, narra fases da sociedade peruana sob a ditadura de Odria em 1950. Há um encontro na Catedral entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo, sobre a Guerra de Canudos, que dedica ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prémios e condecorações: o Prémio Rómulo Gallegos (1967); o Prémio Cervantes (1994), o Prémio Nacional de Novela do Peru em 1967, pelo romance A Casa Verde, o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986) e o Prémio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993 foi-lhe concedido o Prémio Planeta pelo seu romance Lituma nos Andes; o Prémio Biblioteca Breve, por Batismo de Fogo, em 1963, que marca o início de sua brilhante carreira literária internacional. É membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutoramentos honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; como os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com Medalha de honra em 1985. A 7 de Outubro de 2010 foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências "pela sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual". O presidente do Peru, Alan García, considerou o prémio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal".
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Vargas_Llosa
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