Lídia Jorge nasceu em Boliqueime (Algarve), em 1946. Começou a escrever desde muito jovem. Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e foi professora do ensino secundário.
É considerada hoje em dia como uma das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea. É colaboradora de vários jornais e revistas e tem integrado diversos júris de prémios literários. É membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Os seus romances encontram-se traduzidos em diversas línguas.
Em 1970, Lídia Jorge parte para África, onde dá aulas em Angola e Moçambique. O ambiente da Guerra Colonial, que aí contactou será descrito mais tarde, através do olhar da mulher de um oficial do exército português, no romance A Costa dos Murmúrios.
Regressa a Lisboa e continuou a dar aulas, foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social.
A sua primeira obra, O Dia do Prodígios, constrói-se como uma alegoria ao país fechado e parado que Portugal era sob o regime anterior à revolução de Abril de 74. O impacto causado por este romance foi, também ele, prodigioso. Lídia Jorge foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma voz renovadora do seu próprio imaginário romanesco.
A tecitura narrativa dos seus dois primeiros romances mistura vários planos narrativos numa estrutura polifónica de onde se destacam personagens que adquirem uma dimensão metafórica, ou mesmo mítica. Têm sido, associados à literatura sul-americana, pela presença do fantástico.
A sua escrita reflecte a captação da oralidade, bem como uma estrutura narrativa que afirma, a par do discurso do narrador, o discurso das personagens. A cultura de tradição oral, a linguagem dos grupos arcaicos, os seus mitos e simbologias sociais, servem o objectivo de reflexão sobre a identidade cultural portuguesa.
O experimentalismo que marca, sobretudo, as suas primeiras obras começa, entretanto, a tomar um tom mais realista, nomeadamente no romance, O Jardim Sem Limites, onde à pequena aldeia de Vilamaninhos, se substitui Lisboa, a metrópole europeia onde se cruzam todas as influências e se rarefazem identidades e territórios.
Os seus romances mantêm uma grande variedade temática. Estão sobretudo ligados aos problemas colectivos do povo português e às circunstâncias históricas e mudanças da sociedade nacional após o 25 de Abril, assim como à problemática da mulher.
Os seus romances encontram-se traduzidos em diversas línguas.
Obras Publicadas:
Notícia da Cidade Silvestre (1984);
A Costa dos Murmúrios (1988);
Última Dona (1992);
O Jardim sem Limites (1995);
O Vale da Paixão (1998);
O Vento Assobiando nas Gruas (2002);
Marido e Outros Contos (1997);
Belo Adormecido (2003);
A Instrumentalina (1992);
O Conto do Nadador (1992);
Peça de teatro A Maçom (1997);
Combateremos a Sombra, (2007).
É considerada hoje em dia como uma das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea. É colaboradora de vários jornais e revistas e tem integrado diversos júris de prémios literários. É membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Os seus romances encontram-se traduzidos em diversas línguas.
Em 1970, Lídia Jorge parte para África, onde dá aulas em Angola e Moçambique. O ambiente da Guerra Colonial, que aí contactou será descrito mais tarde, através do olhar da mulher de um oficial do exército português, no romance A Costa dos Murmúrios.
Regressa a Lisboa e continuou a dar aulas, foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social.
A sua primeira obra, O Dia do Prodígios, constrói-se como uma alegoria ao país fechado e parado que Portugal era sob o regime anterior à revolução de Abril de 74. O impacto causado por este romance foi, também ele, prodigioso. Lídia Jorge foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma voz renovadora do seu próprio imaginário romanesco.
A tecitura narrativa dos seus dois primeiros romances mistura vários planos narrativos numa estrutura polifónica de onde se destacam personagens que adquirem uma dimensão metafórica, ou mesmo mítica. Têm sido, associados à literatura sul-americana, pela presença do fantástico.
A sua escrita reflecte a captação da oralidade, bem como uma estrutura narrativa que afirma, a par do discurso do narrador, o discurso das personagens. A cultura de tradição oral, a linguagem dos grupos arcaicos, os seus mitos e simbologias sociais, servem o objectivo de reflexão sobre a identidade cultural portuguesa.
O experimentalismo que marca, sobretudo, as suas primeiras obras começa, entretanto, a tomar um tom mais realista, nomeadamente no romance, O Jardim Sem Limites, onde à pequena aldeia de Vilamaninhos, se substitui Lisboa, a metrópole europeia onde se cruzam todas as influências e se rarefazem identidades e territórios.
Os seus romances mantêm uma grande variedade temática. Estão sobretudo ligados aos problemas colectivos do povo português e às circunstâncias históricas e mudanças da sociedade nacional após o 25 de Abril, assim como à problemática da mulher.
Os seus romances encontram-se traduzidos em diversas línguas.
Obras Publicadas:
Notícia da Cidade Silvestre (1984);
A Costa dos Murmúrios (1988);
Última Dona (1992);
O Jardim sem Limites (1995);
O Vale da Paixão (1998);
O Vento Assobiando nas Gruas (2002);
Marido e Outros Contos (1997);
Belo Adormecido (2003);
A Instrumentalina (1992);
O Conto do Nadador (1992);
Peça de teatro A Maçom (1997);
Combateremos a Sombra, (2007).
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