Abandonou a escola para ser mais um ganha-pão para a casa dos pais. Foi trabalhar na venda ambulante. Os professores ficaram muito tristes, pois sempre foram os maiores incentivadores para que Bruno desse continuidade aos estudos.
Em 1997/98 começou a frequentar um curso de formação profissional de eletricidade e baixa tensão e referiu que foi nessa altura que os horizontes dos estudos se abriram e surgiu a criação da Associação Cigana de Coimbra. Posteriormente, começou a trabalhar como mediador escolar e enquanto trabalhava frequentou a via de ensino das novas oportunidades e conseguiu a certificação do 9º ano de escolaridade.
Em 2004, casou, abandonou a mediação, o ativismo e o dirigismo. Ausentou-se 3 anos enquanto voltou a vender nas feiras, já com a sua esposa. Mas não se sentia completo, dentro de si estava um vazio porque queria mais e a mediação, o ativismo e os estudos eram uma paixão para si. Referiu que o seu pai sempre ambicionou que o filho tivesse estudos, pois era analfabeto, mas a maior força e vontade para estudar era intrínseca. Os seus mentores foram Sérgio Aires e Mirna Montenegro e a sua esposa que nunca o deixaram desistir.
Em 2010, a trabalhar já como mediador municipal em Coimbra consegue obter o 12ºano de escolaridade e foi nesta altura que surge a edição do livro: “A história do ciganinho chico”.Terminou a sua apresentação a pedir aos jovens para não desistirem dos seus sonhos, pois um cigano(a) com estudos contribuirá para evitar que o povo cigano, no futuro, continue a ser escravo da pobreza e da miséria.
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