de
Ana Saldanha
"Um computador portátil usado, a preço irresistível. Não resisti. Só passados dias o liguei. Estava a transbordar de documentos! Não abri nem um. Se encontrasse um diário também não o leria. Eu tenho princípios.
Tentei encontrar o vendedor, sem resultado. Que fazer? Não tinha alternativa: ouvi o audio-diário da Rita. Era um diário típico de uma adolescente. Li também as receitas, as tentativas de escrever um romance, olhei para as fotografias, li os e-mails. E o pequeno mundo que me apareceu à frente era sólido e completo.
Enviei tudo ao meu editor. Com dificuldade, consegui convencê-lo de que, desta vez, a ficção era uma história real, realmente contada pela sua protagonista. Tenho a esperança de um dia vir a conhecer pessoalmente a Rita R. "