quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AUTOR DO MÊS

Manuel Teixeira Gomes nasceu em Vila Nova de Portimão, a 27 de Maio de 1860 e faleceu em Bougie (Argélia), a 18 de Outubro de 1941; foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa de 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925.
Teixeira Gomes casou com Belmira das Neves, oriunda de famílias modestas de pescadores e tiveram duas filhas. Era filho de José Libânio Gomes e Maria da Glória Teixeira Gomes. O pai, além de proprietário abastado, dedicava-se ao comércio de frutos secos, sendo um homem muito viajado, instruído em França, onde assistiu à revolução de 1848, advogava princípios republicanos, chegando a ser cônsul da Bélgica no Algarve. Foi educado pelos pais, até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra, mas cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se, então, para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre.
Graças à sensibilidade do pai, que decide continuar a apoiar financeiramente a vida boémia do filho, Teixeira Gomes desenvolve uma forte tendência para as artes, nomeadamente a literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.
Fixou-se no Porto, onde conheceu Sampaio Bruno, tendo sido nesse período que começou a colaborar em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro e Folha Nova.
Depois de se reconciliar com a família, viaja pela Europa, norte de África e Próximo Oriente, em representação comercial para negociar os produtos agrícolas produzidos pelas propriedades do pai (frutos secos, nomeadamente, amêndoa e figo) o que alarga consideravelmente os seus horizontes culturais.
Republicano, exerce, após o 5 de Outubro de 1910, o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra. Em 11 de Outubro de 1911, apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em Londres, cidade onde então se encontrava a família real portuguesa no exílio.
A 6 de Agosto de 1923 foi eleito Presidente da República, mas viria a demitir-se das suas funções a 11 de Dezembro de 1925, num contexto de grande perturbação política e social. A sua vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária, foi a sua justificação oficial para a renúncia.
A 17 de Dezembro, embarca no paquete holandês «Zeus» rumo a Oran, na Argélia, num auto-exílio voluntário, sempre em oposição ao regime de Salazar, nunca regressando em vida a Portugal.
Morre em 1941 e só em Outubro de 1950 os seus restos mortais voltaram a Portugal, numa cerimónia que veio a tornar-se provavelmente na mais controversa manifestação popular ocorrida na já então cidade de Portimão, nos tempos do Salazarismo, onde estiveram presentes as suas duas filhas, Ana Rosa Teixeira Gomes Calapez e Maria Manuela Teixeira Gomes Pearce de Azevedo.
Deixou uma considerável obra literária, integrada na corrente nefelibata e uranista.




"A política, longe de me oferecer encantos ou compensações, converteu-se para mim, talvez por exagerada sensibilidade minha, num sacrifício inglório. Dia a dia, vejo desfolhar, de uma imaginária jarra de cristal, as minhas ilusões políticas. Sinto uma necessidade, porventura fisiológica, de voltar às minhas preferências, às minhas cadeiras e aos meus livros."

Teixeira Gomes
In: Wikipédia

Principais obras literárias

Cartas sem Moral Nenhuma (1904)
Agosto Azul (1904)
Sabina Freire (1905)
Desenhos e Anedotas de João de Deus (1907)
Gente Singular (1909)
Cartas a Columbano (1932)
Novelas Eróticas (1935)
Regressos (1935)
Miscelânea (1937)
Maria Adelaide (1938)
Carnaval Literário (1938)



terça-feira, 1 de junho de 2010

SUGESTÕES DE LEITURA







A Educação na
Literatura Portuguesa

Beatus ille





Suspiros
Ler e amar na adolescência

AUTOR DO MÊS



António Torrado nasceu em Lisboa em 1939. Licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Coimbra. Dedicou-se à escrita desde muito novo, tendo começado a publicar aos 18 anos. A sua actividade profissional foi e é diversa: escritor, pedagogo, jornalista, editor, produtor e argumentista para televisão. Tem trabalhado em parceria com Maria Alberta Menéres em diversos livros e programas de televisão. Actualmente, é Coordenador do Curso Anual de Expressão Poética e Narrativa no Centro de Arte Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian. É o professor responsável pela disciplina de Escrita Dramatúrgica na Escola Superior de Teatro e Cinema. É dramaturgo residente na Companhia de Teatro Comuna em Lisboa. Sendo, consensualmente, considerado um dos autores mais importantes na literatura infantil portuguesa, possui uma obra bastante extensa e diversificada, que integra textos de raiz popular e tradicional, mas também poesia e sobretudo contos. Reconhece a importância fundamental da literatura infantil enquanto veículo de mensagens, elegendo como valores a promover, a liberdade de expressão e o respeito pela diferença. António Torrado utiliza, com frequência, o humor em algumas das suas histórias. Por outro lado, em alguns textos de carácter alegórico ou de ambiente oriental, é o registo poético que predomina. De resto, os valores poéticos assumem para o autor uma posição central em qualquer projecto educativo. Recentemente, começou, também, a trabalhar novelas e romances para a infância e juventude, mas a vertente mais marcada da sua actividade nos últimos tempos é, sem dúvida, o teatro.

ESCREVEU ENTRE OUTRAS AS SEGUINTES OBRAS:
A Chave do Castelo Azul (1969)
A Nuvem e o Caracol (1971)
O Veado Florido (1972)
Pinguim em Fundo Branco (1973)
O Rato que Rói (1974)
O Manequim e o Rouxinol (1975)
Cadeira que Sabe Música (1976)
O Trono do Rei Escamiro (1977)
Escada de Caracol ( 1978)
Vasos de Pé Folgado (1979)
O Tambor-Mor (1980)
O Tabuleiro das Surpresas (1981)
Os Meus Amigos (1983)
História em Ponto de Contar (1984)
A Janela do meu Relógio (1985)
O Rei Menino (1986)
Zaca-Zaca (1987)
Devagar ou a Correr (1987)
Dez Dedos de Conversa (1987)
Uma História em Quadradinhos (1989)
Da Rua do Contador para a Rua do Ouvidor ( 1990 )
Toca e Foge ou a Flauta sem Mágica (1992)
Vamos Contar um Segredo (1993)
Conto Contigo (1994)
Teatro às três Pancadas (1995)
A Donzela Guerreira (1996)
As Estrelas – Quando os Reis Magos eram Príncipes (1996)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

SUGESTÕES DE LEITURA
























AUTOR DO MÊS

Grace Patricia Kelly nasceu em Filadélfia, Pensilvânia, a 12 de Novembro de 1929, originária de uma família rica oriunda da Irlanda. Decidiu, muito nova, que queria ser actriz e estudou representação na Academia Americana de Artes Dramáticas.
Trabalhou como actriz e modelo em Nova Iorque antes de se mudar para Hollywood. Fez alguns programas ao vivo em televisão e o sucesso levou-a, aos 22 anos, ao cinema, onde se estreou com um pequeno papel no filme Horas Intermináveis, seguido de Matar ou Morrer com Gary Cooper. Com Mogambo ganhou o prémio Globo de Ouro para melhor actriz secundária e teve a sua primeira nomeação para os Óscares, mas não venceu. O seu trabalho em Matar ou Morrer, despertou o interesse de Alfred Hitchcock que fez dela a sua musa. Com ele filmou Disque M para Matar, Janela Indiscreta e Ladrão de Casaca.
Em 1954, com Amar é sofrer ganhou o Globo de Ouro e o Óscar para melhor actriz.
O sucesso da canção True Love do filme Alta Sociedade - o seu último filme (1956) - deu-lhe um disco de ouro.
Em 1955, foi convidada pelo governo da França para participar no Festival de Cannes, onde conheceu o príncipe Rainier III. Casaram em 1956 e Grace passou a ser Sua Alteza Sereníssima Princesa Grace do Mónaco, abdicando assim, da sua carreira no cinema. Teve três filhos: Caroline nascida em 1957, Albert II em 1958 e Stéphanie em 1965.
No dia 14 de Setembro de 1982, Grace Kelly morreu em consequência de um acidente de carro, no Mónaco, após sofrer um derrame cerebral, aos 52 anos. Em sua homenagem, foi lançada a Fundação Princesa Grace, presidida por Caroline, sua filha mais velha.

http://www.gracekellyonline.com/biography/
http://deepanddepp.wordpress.com/biografias/grace-kelly/





FILMOGRAFIA


· 1951 – Horas Intermináveis (Fourteen Hours)
· 1952 – Matar ou Morrer ( High Noon)
· 1953 – Mogambo
· 1954 – Disque M para Matar (Dial M for Murder)
· 1954 – Janela Indiscreta (Rear Window)
· 1954 – Amar é Sofrer (The Country Girl)
· 1954 – Tentação Verde (Green Fire)
· 1954 – As Pontes de Toko-Ri (The Bridges at Toko-Ri)
· 1955 – Ladrão de Casaca (To Catch a Thief)
· 1956 – O Cisne (The Swan)
· 1956 – Alta Sociedade (High Society)