sexta-feira, 5 de abril de 2013

POEMA DA SEMANA


 FELICIDADE


Não se acostume com o que não o faz feliz, 
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas. 

Se achar que precisa voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga! 
Se estiver tudo errado, comece novamente. 
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as. 
Se perder um amor, não se perca
Se o achar, segure-o!
 
                                              
                                                          Fernando Pessoa

LIVRO DA SEMANA

Como livro da semana, sugerimos a leitura de Diálogo sobre a felicidade, de Santo Agostinho.




Tema frequente no pensamento antigo e abordado pelas várias escolas helenísticas, o tema da «vida feliz» (no sentido ético) é aqui inserido por Santo Agostinho - ainda no início da sua produção filosófica - no âmbito de uma reflexão de cunho teocêntrico.

SUGESTÕES DE LEITURA

A nossa sugestão para este mês de abril, tendo como base a FELICIDADE (temática mensal), é a seguinte:



AUTOR DO MÊS

Neste mês de abril em que celebramos a FELICIDADE, homenageamos:



JEAN-JACQUES ROUSSEAU

Escritor e Filósofo 

A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero.


Data e Local de nascimento
28 de junho de 1712, Genebra (Suíça)


Data e local da morte
02 de julho de 1778, Ermenonville (França)


Jean-Jacques Rousseau foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. 
É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.




Principais obras:

·         Discurso Sobre as Ciências e as Artes
·         Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens
·         Do Contrato Social
·         Emílio, ou da Educação
·        Os Devaneios de um Caminhante Solitário







segunda-feira, 25 de março de 2013

MESES (DES)ENCANTADOS - MARÇO



Mês de Março (sobre a PAZ) 


Pensamentos que Tocam - " Na Ponta da Emoção"






paz paz paz paz 
 paz paz paz 
paz paz paz
paz paz paz


É março. Ainda tempo de frio. Com o milagre de dias primaveris quase a despontar, a Biblioteca Escolar renovou o entusiasmo e as atividades multiplicaram-se como as flores dum campo que já se deseja diferente: colorido e perfumado.
Desta forma, com a temática da PAZ como cenário, viveu-se intensamente a Semana da Leitura (de 11 a 15), celebrando-se nela o Mar. E houve concursos e declamação de poesia. E houve poetas e escritores na escola. E houve leituras variadas, diferentes. E houve teatro. E houve workshops de fotografia e hip-hop. E bibliopaper. E exposições. Uma comunidade, muitos públicos - aprendizes e mestres, todos interessados em aprender, descontrair, confraternizar, rir. É que “a paz começa num sorriso”, segundo madre Teresa de Calcutá e nós apostámos nas duas coisas. E você? 


































































domingo, 17 de março de 2013

CONCURSO DE POESIA - RESULTADOS

A biblioteca escolar vem informar-vos dos resultados obtidos no concurso de poesia sobre o MAR promovido por esta e integrado nas atividades de comemoração da Semana da Leitura.

RESULTADOS


1º escalão - (3º ciclo)
1º Classificado - João Valério    7ºB
2º Classificado - Marlene Limpo    7ºA

MAR

Mar límpido,
meu mar.
Aquele mar
que eu conheci
és o meu cantinho
de luar, faço
parte de ti.
Tenho saudades de
uma pessoa que
se despediu de
mim, foi-se embora
e deixou-me assim.
O seu destino
estava marcado
naquela hora
naquela altura a
filha o encontrou e
desesperou quando
o seu coração parou.
Sei que o trarás
nessas ondas flutuantes
sei que me dirás
que está bem como
dantes.

João Carlos Quintas Valério  -  7ºB, nº18



2º escalão (ensino secundário)  
1º Classificado - José Carias (Augusto Botelho e António Santos)    12ºB
 2º Classificado - Inês Sofrino      12ºB
3º Classificado - Carolina Tereno     10ºB

O MAR

Sinto-me ledo quando te vejo
Serenas a minha alma
À tua beira eu te beijo
E ao meu coração trazes calma

O marulho entra no ouvido
E do meu interior já não sai
Este poema é sentido
Sobre ti, que Neptuno tens como pai

Sabes ser calmo ou agitado
para os receosos és impróprio
És ingente e denodado
Tal como eu próprio.

José Carias (Augusto Botelho e António Santos)    12ºB



3º escalão ( elementos da comunidade educativa)  
1º Classificado - Maria Leonor Cardoso
2º Classificado - Elói Ribeiro
3º Classificado - Maria Leonor Cardoso
4º Classificado - Jorge Manuel  Valério Simões 

SONHO

Mergulhei numa onda azul
E cheguei ao fundo do mar,
Lá estava também a baleia azul 
E uma e outra flor a vaguear.

Diamantes, ouro  e latão,
Tudo se movia com muita agitação,
Era um tesouro coberto de ilusão,
Num barco partido no porão.

Conchas com vários feitios,
Brincavam com outras plantas,
E os peixinhos pequenos,
Divertiam-se como crianças.

Tudo era tão real, tão colorido e feliz
Que eu queria que a viagem, nunca chegasse ao fim.
De olhos arregalados, apalpei a flor-de-lis,
E nesse preciso momento, trrrrim...trrrrim... trrrrim
Acordei de sobressalto e o meu sonho acabou assim.

Maria Leonor Cardoso


Nota: Os primeiros classificados de cada escalão foram premiados com um exemplar da    obra: Poesia de Fernando Pessoa para todos.
Todos os participantes receberam um certificado.
Parabéns a todos e obrigada pela participação.

segunda-feira, 11 de março de 2013

POEMA DA SEMANA

Como poema da semana, sugerimos a leitura e reflexão de Pus o meu sonho num navio, de Cecília Meireles, uma vez que estamos a celebrar a Semana da Leitura, cuja temática é o Mar.



Pus o meu sonho num navio

Pus o meu sonho num navio 
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.


Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...


Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.


Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.


Cecília Meireles