terça-feira, 20 de outubro de 2015

Toca a tweetar !

A nossa biblioteca participa, no mês de outubro, nesta iniciativa da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). 

Quem tem uma conta no twitter deve fazer um tweet mencionando a conta da nossa BE @BEesmoura e com o seguinte hashtag #MIBE15.


Os alunos serão enquadrados pela professora bibliotecária e indicar, no final do seu tweet, o ano e turma a que pertencem, por exemplo, 10C.

Os restantes elementos da comunidade educativa podem também escrever tweets sobre o valor da biblioteca escolar (BE) no Twitter da BE, usando a mesma hashtag #MIBE15.

Para poupar carateres, os adultos deverão apenas indicar no fim em que qualidade escrevem, usando uma das seguintes iniciais:

• Professor(a) – P
• Encarregado de Educação – EE
• Assistente técnico – AT
• Assistente operacional – AO
• Autarquia – A
• Outro – O
A RBE irá selecionar as frases mais interessantes para publicar ao longo do mês no seu portal.

Obrigado desde já aos que participarem.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

AMAR É CUIDAR

O abandono de animais em Portugal



        Em Portugal, todos os dias aumenta o abandono dos animais. Um ato que muitas pessoas acham normal, mas é quase ou tão cruel como abandonar uma criança. Felizmente, também, ainda há pessoas que não o fazem e têm os teus animais bem tratados.
    
    Normalmente, o que leva ao abandono dos animais é o facto de não se ter possibilidades de os manter ou muitas vezes querer um animal apenas por capricho, e com o passar do tempo  aborrecer-se dele. Outras vezes, porque a dona engravida e pensa que é prejudicial ao bebé. Também as férias levam ao abandono (ou por não os querer levar ou por não poder).

       Era bom que estas pessoas percebessem que há outras soluções sem ser o abandono dos animais, como por exemplo, deixá-los em centros próprios.

    O problema é que as pessoas têm mais tendência a procurar o caminho mais fácil, colocando-os em perigo. 


                                                                                      Inês Pica   9ºB , nº 15 

REFLETINDO, ESCREVENDO e ... PARTILHANDO

O mundo em que vivemos está repleto de defeitos e qualidades.

Somos bastante egoístas, invejosos e falsos uns com os outros. Há muito ódio nas nossas palavras e crueldade nas nossas ações. O racismo está cada vez mais presente nesta sociedade. A agressividade é comum naqueles que sofrem de bullying. Existem pessoas tão gananciosas que pisam tudo e todos para conseguir o que querem.
Mas a sociedade atual, tal como tudo na vida, também tem os seus aspetos positivos: a amizade verdadeira, a solidariedade e a capacidade de fazer a diferença no dia de alguém só com um simples sorriso. A sinceridade e a honestidade são das maiores qualidades do ser humano e é graças a elas que há cumplicidade entre os amigos. O altruísmo é raro de se encontrar mas é tão fácil dar ao outro… Um pequeno gesto de bondade é uma das coisas mais bonitas e emocionantes. A lealdade aos nossos princípios é uma das vantagens de que usufruiremos, se no mundo houver mais amor e paz e menos ódio e guerras.
Em suma, ninguém é perfeito mas quem realmente nos ama, aceita as nossas imperfeições e ajuda-nos a tornarmo-nos melhores e juntos construiremos um mundo melhor!


Junho de 2015


Joana Oliveira e Margarida Lopes, 7ºA

quinta-feira, 7 de maio de 2015

TESTEMUNHOS DE LEITURA

A vida no céuJosé Eduardo Agualusa

Crítica literária
Sara Falcato, 11ºano/turma C

        
Ao ler a premissa do romance do autor angolano sobre o destino da Terra, confesso que perdi a vontade de ler o livro. Isto, porque quando se sabe um mínimo possível de ciência, tudo o que nos é dito, (no romance) é impossível.
         Contudo, estamos perante uma obra literária, algo ficcional, que não tem nada que corresponda à verdade. A personagem Aimée diz à nossa personagem principal (Carlos) o seguinte: “Primeiro tens de te esquecer. O bom nadador é aquele que se esquece”, e é isso que temos que fazer para dar uma chance ao livro, o leitor tem que se esquecer, tirar da sua cabeça tudo o que se sabe sobre o espaço em que se vive e apenas ser parte do livro. O leitor tem que se transformar numa personagem fantasma e seguir com o seu olhar o que os últimos sobreviventes da Terra fazem para continuar a sobreviver.
         Esta tarefa é difícil e complicada, mas o esforço tem que ser feito. O autor dá-nos duas visões da sociedade: a primeira, é o facto de que o ser humano ama a vida e adapta-se a todos os meios, a fim de sobreviver; a segunda enfatiza a desigualdade das classes sociais, pois, mesmo com o dilúvio que consumiu o nosso planeta, os ricos ainda são soberanos e controlam dois milhões de pessoas, os nossos sobreviventes.
         Este livro não nos dá a sensação de perda de tempo, contudo temos que lhe dar tempo. Ou temos que nos dar a nós tempo para o absorver como nos diz o dicionário de Nefelibatas, as nuvens, água em estado onírico, são o alfabeto do céu. Talvez seja esta a “Estrada das Luzes” para o completo entendimento do romance.
         Com isto, não quero dizer que gostei da história que se vai desenrolando, mas sim que devemos olhar este livro por outra perspetiva, como um universo paralelo ao nosso.



AUTOR DO MÊS


MANOEL DE OLIVEIRA


Manoel de Oliveira nasceu na freguesia de Cedofeita na cidade do Porto no seio de uma família da alta burguesia nortenha, com origens na pequena fidalguia. Os seus pais, Francisco José de Oliveira, industrial e primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal, e a sua mãe, Cândida Ferreira Pinto, casaram-se na freguesia de Lordelo do Ouro, na cidade do Porto.
Ainda jovem foi para A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas. Dedicou-se ao atletismo, tendo sido campeão nacional de salto à vara e atleta do Sport Club do Porto, um clube de elite. Ainda antes dos filmes veio o automobilismo e a vida boémia. Eram habituais as tertúlias no Café Diana, na Póvoa de Varzim, com os amigos José Régio, Agustina Bessa-Luís, Luís Amaro de Oliveira, João Marques e outros. Cedo se interessou pelo cinema, o que o levaria a frequentar a escola do cineasta italiano Rino Lupo, quando este se radicou no Porto.
Recebeu prémios e galardoes, salientando-se os seguintes:
       - Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1980);
       - Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1988);
       - Doutor honoris causa pela Universidade do Porto / Faculdade de Arquitetura (1989);
       - Professor honorário da Academia de Cinema de Skopje;
       - Prémio Europa David Mourão-Ferreira 2006 (categoria Mito), entregue pelo Centro Studi Lusofoni - Cátedra David Mourão Ferreira da Universidade de Bari e do Instituto Camões, Instituto da Cooperação e da Língua;
       - Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes 2007, Palavra de D. Manuel Clemente durante o ato de entrega do Prémio a Manoel de Oliveira;
       - Prémio Mundial do Humanismo, (2008);
       - Doutoramento honoris causa pela Universidade do Algarve (2008;
       - Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2008);
       - Doutoramento honoris causa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (2011);
       - Medalha de Conhecimento e Mérito do Instituto Politécnico de Lisboa (2013);
    - Grande-Oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra, atribuída pelo governo da França (2014).
       Manoel de Oliveira morreu na madrugada do dia 2 de abril de 2015 às 11h30, vítima de paragem cardíaca. Era considerado o realizador mais velho em atividade. Era também, dos realizadores no ativo, o único que tinha assistido à passagem do cinema mudo ao sonoro e do preto e branco à cor. Manoel já sofria de doença cardíaca, mas na madrugada de 2 de abril não resistiu e sofreu uma paragem cardíaca. Como Manoel citou a uma entrevista ao Diário de Notícias: "Para mim é pior o sofrimento do que a morte. Pois a morte, é o fim da macacada". Felizmente, o realizador conseguiu concretizar o seu último desejo que era "continuar a fazer filmes até à morte". Cabe agora ao parlamento e à sua família, decidir se o corpo vai ser transportado ou não até ao Panteão Nacional, local onde estão as figuras mais emblemáticas de Portugal. Manoel era tratado por muitas pessoas como "O Mestre" como uma forma de respeito, e por ter vivido muitos anos de cinema.





       Da sua vastíssima obra destacam-se as longas-metragens:
  • 1942 - Aniki-Bobó
  • 1963 - Acto da Primavera (docuficção)
  • 1971 - O Passado e o Presente
  • 1974 - Benilde ou a Virgem Mãe
  • 1979 - Amor de Perdição
  • 1981 - Francisca
  • 1985 - Le Soulier de Satin
  • 1986 - O Meu Caso
  • 1990 - Non, ou a Vã Glória de Mandar
  • 1991 - A Divina Comédia
  • 1992 - O Dia do Desespero
  • 1993 - Vale Abraão
  • 1994 - A Caixa
  • 1995 - O Convento
  • 1996 - Party
  • 1997 - Viagem ao Princípio do Mundo
  • 1998 - Inquietude
  • 1999 - A Carta
  • 2000 - Palavra e Utopia
  • 2001 - Porto da Minha Infância
  • 2001 - Vou para Casa
  • 2002 - O Princípio da Incerteza
  • 2003 - Um Filme Falado
  • 2004 - O Quinto Império - Ontem Como Hoje
  • 2005 - Espelho Mágico
  • 2006 - Belle Toujours
  • 2007 - Cristóvão Colombo – O Enigma
  • 2009 - Singularidades de uma Rapariga Loura
  • 2010 - O Estranho Caso de Angélica
  • 2012 - A Igreja do Diabo
  • 2012 - O Gebo e a Sombra